A crise moral, política e financeira que se abateu sobre o
nosso país não nos dá a certeza de que já chegamos ao fundo do poço. A hoje
grande possibilidade de saída da presidente Dilma mostra, a nosso ver
ilusoriamente, de que o quadro de incerteza quanto ao futuro do país possa
começar a ser revertido.
Nossa preocupação com o eventual êxito de medidas que possam
ser adotada pelo novo governo, por mais acertadas que elas possam ser, está
justamente na capacidade de implementá-las com o necessário apoio dos políticos,
do empresariado e da própria população.
Remédio amargo ninguém quer tomar. Por mais que digam que
Deus é brasileiro, não há milagre que ele possa fazer depois de tantos erros
cometidos no período em que o PT assumiu os destinos do nosso país.
Lula, o grande líder petista, antes mesmo de se tornar
presidente, afirmava que “o povo brasileiro votava com o estômago e não com a
cabeça”, ao combater programas dos governos anteriores que instituíram o Bolsa
Família, que, no entanto tinham na sua essência brutal diferença do que ele e o
PT usou ao longo do tempo em que estão no poder.
Servindo um “banquete” diário e por prazo indeterminado a uma
parcela do povo brasileiro, o PT criou uma expectativa de que recursos sempre
existiriam para bancar o pacote de bondades. Bastou uma crise econômica para
que o programa colocasse em cheque a própria economia do país.
Na verdade o que Lula e os petistas jamais acreditaram é que o
economista Milton Friedmann sempre esteve certo ao afirmar que “não existe
almoço grátis”, pois tudo o que o governo dispõe ao cidadão na verdade é
bancado por ele próprio e que os mesmos não são infinitos.
A hora da verdade chegou.