Como mostrou o Congresso em Foco, o PSC institucionalizou a prática de obrigar seus servidores a devolver ao partido parte dos seus salários. Mas esse expediente está longe de ser uma exclusividade do PSC, ou de ocorrer apenas na Câmara dos Deputados. O assunto é cochichado como “segredo de polichinelo” nos corredores do Congresso, das Assembleias Legislativas e das Câmaras de Vereadores. Mas raramente chega aos ouvidos do público. A acusação geralmente é sufocada pelo temor dos funcionários de sofrer represálias dos parlamentares, pela dificuldade de reunir provas contundentes contra os denunciados ou, ainda, pelo ceticismo deflagrado pela tradicional falta de punição.
Porém, quando a suspeita se torna pública, o roteiro costuma ser o mesmo: um ex-funcionário denuncia o ex-chefe; o parlamentar rebate a acusação e a qualifica como “vingança” de servidor contrariado porque perdeu o emprego; abre-se uma investigação, mas ninguém é punido. Em alguns casos, mesmo com os indícios, as investigações nem chegam a ser abertas.
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