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A frase acima, atribuída à James Farrel, se aplica bem à
recente entrevista dada por José Sarney, atual presidente do Senado Federal e
ex-presidente da República.
Sarney diz que deveria existir no Brasil “uma legislação que
não permitisse a nenhum ex-presidente da República que voltasse a qualquer
cargo eletivo".
Depois de desfrutar por anos a fios do poder, mesmo que para
isso fosse preciso vestir a camisa do “time” que estava no comando, Sarney diz
que não vai mais ser candidato a nada.
Mas não é isso o que ele quer de fato. Basta ler com atenção
resposta que ele deu para justificar a proibição de ex-presidentes serem
proibidos de candidatar-se:
“Dever-se-ia
dar ao ex-presidente as condições para ele exercer as funções do ex-presidente.
Pode ser um braço não governamental das negociações em que o governo não pode
entrar diretamente, para ser um homem apaziguador. Essa é a função do
ex-presidente, como ele exerce nos Estados Unidos. Mas tem que ter condições. O
Estado deveria dar-lhe uma pensão de sobrevivência, assegurar escritório,
viagens, segurança permanente. Porque um ex-presidente deixa no governo
inimigos, deixa pessoas no mundo dessa natureza”, (gn).
Leia na íntegra a entrevista citada:
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