Recebi por e-mail o texto abaixo que é
atribuído à Drauzio Varella, médico que costuma dar orientações no Fantástico.
Na visão dele tudo quase tudo é nocivo à saúde.
Só falta afirmar que viver faz mal e pode causar morte!!!
Vejam o texto que segundo consta é da
sua autoria:
A OMS considera o fogão a lenha o
fator ambiental responsável pelo maior número de mortes no mundo.
O povo do interior diz que feijão
preparado em fogo de lenha é outra coisa. Eu, que entendo tanto de culinária
quanto de física quântica, fico na dúvida se a diferença está no processo de
cozimento ou nas linguiças e toucinhos que engrossam o caldo do feijão caipira.
Apesar da atmosfera acolhedora que o
crepitar da lenha confere à cozinha, sua substituição pelo prosaico botijão de
gás é generalizada. Encontro fogões a gás nas casas mais humildes dos quatro
cantos do Brasil.
Se você acha que agora farei a
apologia dos tempos em que a família se reunia à noite ao redor do fogo, está
redondamente enganado.
Cerca de 3 bilhões das pessoas mais
pobres do mundo ainda cozinham e se defendem do frio por meio da queima de
biomassa: madeira, carvão e até esterco de gado. A mesma fumaça que encarde as
paredes e escurece o teto de suas casas, infelizmente, invade o aparelho
respiratório dos moradores causando 2 milhões de óbitos por ano.
A Organização Mundial da Saúde (OMS)
considera o fogão a lenha o fator ambiental responsável pelo maior número de
mortes, no mundo inteiro. Morre mais gente como consequência desse tipo de
poluição doméstica do que de malária (causadora de 800 mil mortes/ano).
Mulheres e crianças que vivem em
pobreza extrema correm risco mais alto, porque ficam mais expostas -os homens
tendem a passar menos tempo em casa.
Nas crianças com menos de cinco anos
de idade, a principal causa de morte é pneumonia aguda, seguida pelas
complicações da asma.
Nas mulheres a mortalidade está
associada à doença pulmonar obstrutivo crônica -das quais o enfisema é a mais
frequente-, à doença cardiovascular e ao câncer das vias respiratórias. Sem
nunca haver acendido um cigarro, padecem dos mesmos flagelos que afligem os
fumantes.
Ao lado das tragédias individuais, a
queima doméstica de biomassa contribui para a degradação do ambiente, para o
aumento das emissões de carbono e para a destruição das florestas.
No Peru, por exemplo, cerca de 10
milhões de habitantes vivem em casas pequenas e mal arejadas, dispersas pelas
70 mil comunidades da cordilheira dos Andes. A poluição no interior dessas
habitações é 30 vezes mais intensa do que o limiar máximo estabelecido pela
OMS. Mais de 40% das mulheres apresentam doença pulmonar obstrutiva e/ou
problemas cardiovasculares. Como resultado da falta de saneamento e da alta
prevalência de enfermidades respiratórias, um terço das crianças são
desnutridas.
Um estudo do Banco Mundial
recém-publicado sugeriu que melhorar a eficácia de fogões alimentados por
combustível, teria impacto positivo na saúde humana e no ambiente dessas
regiões.
Embora a implementação de programas
para garantir o acesso a fogões de qualidade tenha sido tentada durante
décadas, os resultados foram prejudicados pela falta de esclarecimento das
populações, pelas dificuldades de produzir fogões bons e baratos e por
problemas logísticos para atingir lugares remotos.
Para superar essas limitações, a
Fundação das Nações Unidas acaba de criar uma parceria público-privada,
batizada de "100 por 20", que tem como objetivo distribuir 100
milhões de fogões até o ano 2020, primeiro passo para a universalização.
Os Estados Unidos se comprometeram a
contribuir com U$ 50 milhões para uma parceria que envolve 175 países,
corporações, fundações e ONGs.
Fogões de qualidade que consomem pouco
combustível, além de poluir menos, reduzem o tempo que as mulheres passam nos
afazeres domésticos, aumentando a probabilidade de acesso à educação e ao
trabalho fora de casa.
A estratégia do programa requer a
criação de uma demanda de mercado, porque o fogão comprado pelo consumidor é
mais valorizado do que aquele distribuído gratuitamente. Além de custar barato,
ele deve respeitar a cultura local e levar em conta as sugestões das mulheres,
para que sejam construídos de acordo com suas necessidades.
Apesar desses desafios, a
possibilidade de aliviar o sofrimento e de salvar milhões de vidas por meio de
uma intervenção de baixo custo, capaz de reduzir as emissões de carbono e a
velocidade com que as florestas são devastadas, além de estimular o crescimento
econômico, merece de fato um esforço global.
Fonte:
Recebi esta mensagem por e-mail: Mariza Brandimarti
o fogão
ResponderExcluira gas é menos prejudicial ?
Fato Chá com Alice Festas. Deixei bem claro na minha postagem que não comungo dessa informação.
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