Marco Archer Cardoso Moreira, um brasileiro, acaba de ser executado na Indonésia, após ser julgado e considerando culpado por tráfico de drogas. Pelo que li, ele era réu confesso e estava arrependido do ato criminoso que praticou.
Por outro lado, não se pode deixar de considerar que naquele país a pena de morte faz parte do conjunto normativo que é aplicado em caso de prática de um fato considerado delituoso.
Diante disso, nada a objetar com relação ao direito daquele país de aplicar a sua lei, mesmo que ela vá à contramão dos instrumentos utilizados pelos demais países para punir os criminosos.
Assim, empunhar uma bandeira contra a pena de morte é o direito de todos aqueles que não concordam com a mesma, mas fazer de Marcos Archer, um criminoso confesso, um herói é um absurdo.
E mais absurdo é que já estão pensando em fazer um filme para contar a história de Marco Archer. Só espero que ele não seja um herói no roteiro a ser criado.
Em entrevista concedida a um jornalista, ainda na cadeia, ele disse: “Sou traficante, traficante e traficante, só traficante”. “Nunca tive um emprego diferente na vida”.
Leia na íntegra a entrevista que ele deu ao DCM e tire suas conclusões.
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-perfil-de-marco-archer-por-um-jornalista-que-conversou-com-ele-4-dias-na-prisao/
Não sou a favor da pena de morte, mas defenderei o direito da
Indonésia de tratar os criminosos de conformidade com as leis vigentes naquele
país.
Concordo com todas as tentativas que o governo brasileiro e
organismos internacionais fizeram para evitar o fuzilamento de
Marco, mas transformá-lo em herói é um grande absurdo.