12 de agosto de 2011

ACORDA BRASIL - CORRUPÇÃO ZERO 012



Ministro da Agricultura usa funcionários de estatal
Afilhados do PMDB contratados pela Conab trabalham para Wagner Rossi. Transferência deixa acéfalos postos de chefia de empresa que organiza o mercado de produtos agrícolas


Depois de inchar a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, transferiu para seu gabinete funcionários contratados sem concurso e até hoje remunerados pela principal estatal do setor agrícola.


Antes de assumir a pasta, Rossi dirigiu a companhia de junho de 2007 a março de 2010. Em sua gestão, ele mais do que quadruplicou o número de cargos de confiança na empresa. Ao sair de lá, levou pelo menos sete funcionários para seu gabinete.


Esses servidores continuam recebendo salários da Conab e deixaram acéfalos seus postos na empresa. Entre eles há funcionários que ocupavam cargos de chefia na Conab, como as gerentes de eventos e de acompanhamento de programas.


A assessoria de Rossi justificou os empréstimos dizendo que o ministro "trouxe profissionais graduados que trabalharam com ele na Conab para auxiliá-lo", mas não fez comentários sobre o impacto que a transferência teve na atuação da Conab.


Responsável pela organização do mercado agrícola e do abastecimento de comida no país, a Conab virou nos últimos anos um cabide de emprego para afilhados políticos e parentes de caciques do PMDB, o partido de Rossi.


Como a Folha mostrou ontem, ganharam cargos um filho do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL); a ex-mulher do líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN); um neto do deputado Mauro Benevides (CE); e um sobrinho do ex-governador Orestes Quércia, peemedebista histórico que morreu no ano passado.


Levantamento feito pela Folha mostra que o apetite político por cargos na máquina do ministério foi muito além de postos estratégicos, como diretorias e superintendências. Até mesmo funções do segundo escalão são usadas para abrigar aliados.


Servidores de carreira da Conab dizem que nunca viram alguns dos funcionários apontados pela Folha. O fato de muitos estarem a serviço do ministro da Agricultura é um dos motivos. Além disso, alguns apadrinhados atuam fora de Brasília, embora estejam lotados na capital.


Um desses casos é o de Adriano Quércia, o sobrinho do ex-governador, que vive em São Paulo. Ele trabalhou com o filho do ministro, o deputado estadual Baleia Rossi, em campanhas eleitorais no passado. Baleia é presidente do PMDB paulista.


PMDB e PTB se revezam no controle da Conab desde o governo Lula. O atual presidente é da cota petebista, assim como o procurador-geral da empresa. O PMDB possui três diretorias e o PT, uma.


Um desses apadrinhados abriu uma crise política na Conab há duas semanas. Oscar Jucá Neto, irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), deixou a diretoria financeira do órgão dizendo que na estatal "só tem bandido".


A crise já derrubou o braço direito de Wagner Rossi, Milton Ortolan. Ele deixou a secretaria-executiva

FONTE:

FOLHA DE SÃO PAULO
PUBLICADO

ACORDA BRASIL!

CORRUPÇÃO ZERO


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