20 de fevereiro de 2011

NÃO SOMOS TÃO CRIATIVOS COMO SE IMAGINA



O artigo que abaixo reproduzimos demonstra que a decantada criatividade nata dos brasileiros não existe em áreas fundamentais para que o nosso país venha almejar um desenvolvimento a curto prazo.

Vejamos o artigo:

Criativos, mas pouco inovadores

Dias atrás foi divulgado um estudo sobre as novas regras da inovação no mundo, do qual participaram mil executivos em 12 países. Chamado Global Innovation Barometer e realizado pela GE, seus resultados não chegam a surpreender. Por exemplo: 95% dos entrevistados acreditam que a inovação é a chave para uma economia mais competitiva.
Na prática isso significa que os executivos entrevistados acreditam que podemos melhorar nossa condição econômica e nossa qualidade de vida inovando mais. É um bom sinal. Afinal, o primeiro passo para inovar é acreditar que precisamos fazê-lo. Porém, a inovação possui duas matérias-primas fundamentais: criatividade e conhecimento. E é aí é que começam nossas dificuldades.
Tal criatividade faz de nós campeões nos esportes e na música, mas ainda não nos ajuda a levanta taças quando falamos dos negócios.
Isso significa que ainda estamos presos ao paradigma da economia extrativista e industrial, devido ao qual deixamos de incorporar tecnologias que poderiam impulsionar nossas empresas.
Temos crescido em publicação científica e na cultura de depósito de patentes, o que atesta nossa capacidade de gerar conhecimento inédito. Isso é importante, pois tecnologias inovadoras provêm de novos conhecimentos.
Contudo, é preciso avançar em dois itens: na capacidade de investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D) por parte das empresas e na utilização das patentes geradas.
Com os programas de financiamento, subvenção econômica e leis de incentivos fiscais começamos a caminhar rumo ao aumento das atividades de P&D dentro das empresas. Precisamos agora aprimorar nossa capacidade de utilizar patentes e de converter o conhecimento gerado em novos produtos e processos.
Os sinais são positivos. O volume de investimento corporativo em ações de inovação tem crescido no país, tanto nas empresas nacionais quando nas estrangeiras que aqui atuam. Esse é um bom caminho para transformar a criatividade dos brasileiros em inovação.
Autor do texto - Felipe Scherer é sócio-fundador da Innoscience e autor do livro Gestão da Inovação na Prática
Fonte:

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