5 de março de 2011

AULA PRÁTICA DE SEXO GERA POLÊMICA EM UNIVERSIDADE AMERICANA



Imagem:http://www.osvigaristas.com.br/imagens/mista/aula-de-educacao-sexual-488.jpg


Uma aula prática de sexo realizada em uma universidade americana tem gerado muita polêmica. A sessão de sexo ao vivo foi realizada em um auditório, sob a coordenação de um professor, e assistida por mais de cem alunos. Diante desse fato, a universidade abriu uma sindicância para apurar a conduta do professor que poderá ser também denunciado por ter infringido o código de ética.

As reportagens feitas sobre o fato demonstram percepções diferentes diante daquela inusitada aula. Alunos que assistiram disseram que foi uma experiência válida, mas o Diretor da universidade considera que a atitude do docente não se coaduna com a missão acadêmica da instituição.

A notícia originalmente publicada poderá ser lida no link constante de notas (1).

A questão é de fato bastante controvertida. Segundo dados estatísticos os jovens de hoje são precocemente informados sobre assuntos relacionados ao sexo, sendo bastante comum as escolas oferecerem aulas de educação sexual. A razão disso está em dados divulgados pela Unesco que informam que as meninas têm sua primeira experiência sexual aos 15 anos e os meninos a partir dos 14.

Apesar disso, uma reportagem publicada na revista Veja, Edição Especial – Jovens (2), já alertava em julho de 2003, que os adolescentes de hoje são considerados a geração mais bem informada sobre sexo de todos os tempos, não sabendo, todavia, pela ausência de amarras sociais nem familiares, o momento certo de passar da teoria à prática.

Para o psicólogo Maurico Torselli, do Instituto Kaplan, centro de estudos da sexualidade em São Paulo, ouvido pela Veja, na reportagem citada, afirma que “A persistência das angústias em relação à vida amorosa, apesar do conhecimento e das liberdades atuais, tem uma explicação óbvia. Para ele “Sexo não é só uma questão de informação, mas também de maturidade”.

Ouvido em outra reportagem da revista Veja (3), Jairo Bouer afirma que “que tanta teoria não se traduz necessariamente numa prática mais cuidadosa”. Para ele, que é considerado uma referência da juventude quando o assunto é sexo, “os jovens de hoje não conseguem processar toda essa massa de informações e, na hora H, fazem quase tantas burradas quanto a geração anterior."

Assim, estudiosos do assunto apontam que as razões da distância entre a teoria e a prática evidenciada no comportamento dos jovens de hoje é atribuída à falta de uma conversa franca entre pais e filhos e a forma (linguagem) que é utilizada quando se pretende falar sobre sexo com os jovens.
 
Na reportagem já mencionada e realizada pela revista Veja, a médica Abertina Duarte Takiuti, do Hospital das Clínicas de São Paulo, com muita propriedade sintetiza a questão: "A maior parte das escolas recorre a palestras, e elas são chatas. Se forem inevitáveis, que sejam curtas e dinâmicas. Idéias não faltam. Que sejam postas em prática”. A referida médica conclui afirmando que “É uma vergonha o adolescente brasileiro ser reprovado numa matéria que conhece tão bem. Em teoria, pelo menos”.

Diante do exposto, queremos deixar que os nossos leitores reflitam sobre a conduta do professor americano que proporcionou aos seus alunos uma aula prática sobre sexo.

E para concluir, uma piada  que sintetiza bem a precocidade da geração atual em matéria de sexo:

Joãozinho vai pra escola, volta e, na hora do jantar, fala assim:

— Ô mãe, de onde eu vim?

A mãe olha para o pai e diz:

— Ih! Chegou a hora.

Eles começam a explicação, da sementinha, do ovinho. Aí o Joãozinho fica louco para falar. E o pai:

— Calma, depois que a gente explicar tudo, aí você pergunta o que você quiser.

Depois que eles terminaram a explicação, o Joãozinho falou:

— Pai, isso eu já sei faz tempo. Não era isso que eu queria saber. É que na minha escola tem gente que veio de Jundiaí, de Santos. E eu? De onde eu vim?

Notas:

(1)
 http://g1.globo.com/planeta-bizarro/noticia/2011/03/aula-pratica-de-sexo-cria-polemica-em-universidade-de-chicago.html

(2)
 http://veja.abril.com.br/especiais/jovens_2003/p_018.html

(3)
 http://veja.abril.com.br/especiais/jovens/p_024.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agradecemos seu comentário. Críticas serão sempre aceitas, desde que observado os padrões da ética e o correto uso da nossa língua portuguesa.

Já chegamos ao fundo do poço?

        A crise moral, política e financeira que se abateu sobre o nosso país não nos dá a certeza de que já chegamos ao fundo do poço....