7 de março de 2011

METODOLOGIA DE ESTUDO


"Unir-se é um bom começo, manter a união é um progresso, e trabalhar em conjunto é a vitória.” Henry Ford




No meu tempo de estudante era bastante comum um grupo de colegas se reunir em uma das casas para estudar para as provas. Aquela metodologia de estudo, normalmente realizada durante as madrugadas, tinha como objetivo permitir que com a ajuda mútua as dúvidas fossem sanadas e, mais do que isso, que um não deixasse  o outro desanimar ou até mesmo que pegasse no sono. Me lembro bem do famoso “mosquitinho”, que era um palito de fósforo, previamente queimado, que era colocado sobre alguma parte do corpo daquele que dormia e era acesso. O medo do famoso palitinho deixava qualquer um acordado!!!

Havia aqueles que tomavam as famosas bolinhas – remédios que inibiam o sono. Segundo pesquisas, a partir de l970, o controle da comercialização desses inibidores de sono (anfetaminas) passou ser proibido, de vez que foi considerada uma droga psicotrópica, sendo, portanto ilegal seu uso sem acompanhamento médico adequado.

Hoje o avanço da tecnologia mudou completamente o comportamento dos jovens, passando a ser incomum as reuniões na casa de um colega para que o grupo estude para uma prova.

O artigo que abaixo reproduzimos retrata bem isso e, portanto vale a pena como referência:

Estudar com os amigos passa a ser a regra, e não a exceção

Sim! Aquela discussão que tínhamos antigamente sobre ir estudar na casa do nosso amigo muda totalmente de perspectiva... e melhor ainda, agora temos um ótimo motivo para ficar grudados no computador ;-) !

Mas não sempre fizemos isso? E os nossos famosos trabalhos em grupo? Alguns autores fazem uma distinção interessante entre cooperação e colaboração. Na aprendizagem cooperativa cada um resolve a sua tarefa para depois juntar em um trabalho final. E na colaborativa? Nesta “indivíduos negociam e compartilham entendimentos relevantes à resolução do problema em questão.... A colaboração é uma atividade coordenada e síncrona, resultado de uma tentativa contínua de construir e manter um entendimento compartilhado de um problema” (Roschelle & Teasley, 1995).

Esse modelo de aprendizagem é discutido desde a década de 60. Vygotsky (1978) enfatizava “a importância do coletivo na construção de uma inteligência social baseada na interação do sujeito com outros indivíduos”. Mas é sem dúvida com o advento da internet e das redes que se abre um novo horizonte para sua exploração. Mais do que isso, os novos ambientes de aprendizagem a distância (LMSs) começam a embutir ferramentas específicas para esse fim, incorporando conceitos de redes sociais. Muitos podem pensar que seria mais um motivo de distração, mas o foco no uso da rede é em buscar auxílio no aprendizado, e não em estabelecer amizades. Ou seja, minhas afinidades passam a ser a busca de conhecimento comum, complementariedade de competências, compartilhamento de idéias.

Muda o comportamento do estudante, que passa a ser co-responsável pela aprendizagem de seu colega. Essa troca de idéias, essa experiência em ensinar não só aumenta o interesse como estimula em muito a aprendizagem. Para quem já ministrou uma palestra, uma aula, sabe o quanto tem que se estudar para poder ensinar! Pessoas que trabalham em modelos colaborativos retêm informação por mais tempo do que aquelas que estudam individualmente.

E o papel do professor? Passa mais para um mestre, um condutor, um árbitro nas situações de conflito. Parte das dúvidas passa a ser solucionada pelos próprios alunos (estudos mostram que em média 70% são resolvidas pelo grupo). Os modelos de avaliação também têm que ser radicalmente modificados, pois um teste que mede apenas a capacidade do indivíduo perde sentido. A colaboração, a interação social e a assistência tornam-se critérios importantes neste modelo de ensino.

Sem dúvida os mestres das siglas tinham que trabalhar e muito desse assunto está sob o chapéu de CSCL: Computer-supported Collaborative Learning. Em resumo, construção e compartilhamento de conhecimento tendo a tecnologia como meio primário de comunicação.

Quer dizer que, ao virmos alguém usando uma rede social, ele na realidade pode estar estudando? Sim! O mesmo vale para os serviços de mensagens instantâneas (MSN, Skype, Gtalk) e outras ferramentas de colaboração na web. Minha filha está no 6º ano e um de seus trabalhos deverá ser feito de forma totalmente virtual com seus colegas... e não é uma opção! Novos tempos, novos paradigmas. (1)
No mundo de hoje em que uma das qualidades mais desejadas de um profissonal é que ele possua a habilidade para trabalhar em equipe - "O trabalho em equipe continua sendo a vantagem competitiva definitiva - precisamente por ser tão poderoso e ao mesmo tempo tão raro" - afirma o autor Patrick Lencioni logo no início do livro "Os Desafios das Equipes" , da Editora Campus, é importante que o estudante procure estudar em companhia de seus colegas, sejam esses encontros presenciais ou virtuais.

Fonte:

http://educacao.uol.com.br/colunas/distancia_zero/2011/02/15/estudar-com-os-amigos-passa-a-ser-a-regra-e-nao-a-excecao.jhtm

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