A notícia de que a Universidade de São Paulo (USP) aprovou verba de 23 milhões para investir em cursos noturnos traz no seu bojo uma constatação que merece destaque: “As unidades serão convocadas a apresentar propostas para desenvolver o interesse dos alunos e a analisar os dados de evasão desses cursos. A USP entende que o aluno da noite merece outro olhar porque tem um perfil diferenciado: muitos trabalham e têm outras atividades durante o dia”.
É importante destacar dessa constatação da Universidade de São Paulo, a primeira do ranking mundial entre as instituições brasileiras, de que é preciso olhar de forma diferenciada para os alunos dos cursos noturnos. Isso, não é feito nas avaliações que o Ministério da Educação faz dos cursos de instituições privadas, que na sua maioria, oferecem o total de suas vagas nos cursos noturnos.
Em razão disso, as diretrizes curriculares estabelecidas para os cursos, apesar de dar liberdade às instituições para formatá-las de acordo com as suas necessidades, não estabelecem, o que deveria ser feito, um tempo maior para a integralização das cargas horárias, quando se tratar de um curso oferecido no período noturno.
Se considerarmos que esse aluno, na sua maioria, trabalha ou tem outra atividade ao longo do dia, o seu estudo, à noite, deverá ter duração maior, não podendo, de hipótese alguma, ser igual aos dos oferecidos nos períodos diurnos ou vespertinos.
Vejamos que isso já ocorreu (hoje não mais) com as engenharias e o curso de arquitetura, que no período diurno poderiam ter suas cargas horárias integralizadas em 5 anos e os noturnos, obrigatoriamente, em 6 anos.
É uma questão que gostaríamos de ouvir a opinião de nossos leitores.
Entendemos que a integralização da carga horária de qualquer curso, oferecido no período noturno, deve ter a sua duração majorada e oferecida em maior tempo do que àqueles oferecidos no período diurno ou vespertino.
É uma questão que gostaríamos de ouvir a opinião de nossos leitores.
Na minha opinião dependendo do curso, o período de integralização da carga horária dos cursos noturnos deveriam ser menor do que o dos cursos diurnos. Um dos motivos da alta taxa de evasão dos alunos do período noturno e a a necessidade que esses alunos têm de conciliar trabalho e estudo. Uma boa proposta, no meu ponto de vista, é a utilização de cursos com duração de 3 anos, como vem sendo utilizado nas licenciaturas. No meu caso, que moro em Porto Alegre, temos um contraste: A UFRGS oferece licenciaturas de até 5 anos, ao passo que instituições particulares oferecem a mesma licenciatura em 3 anos. A taxa de evasão da UFRGS é bastante alta entre os alunos que necessitam trabalhar para se manter. Aliás, eu mesmo, após terminar a minha graduação em uma instituição privada iniciei um curso de Gestão Ambiental no IFRS e por necessidade de trabalhar tive que evadir do curso.
ResponderExcluirPor outro lado, eu entendo a posição daqueles que acreditam que se a integralização dos cursos noturnos demorassem mais seria melhor, pois assim o período diário do aluno na instituição seria menor, tendo, assim, o aluno um maior período de descanso entre um dia e outro. Mas por outro lado, o alunos demoraria mais para se formar, o que talvez o levasse a evadir por não aguentar a cansativa rotina de trabalho e estudo.