29 de maio de 2011

PROFESSOR NO BRASIL PRECISA FAZER MÁGICA.


 
Segmentos como aulas particulares e educação corporativa têm salários mais atraentes e são uma opção aos baixos salários do ensino público.


Apesar de ser uma profissão conhecida pelos baixos salários, quem opta pelo magistério pode atuar em um mercado bastante amplo – incluindo algumas opções com boas remunerações. É o caso, por exemplo, daqueles que escolhem dar aulas particulares, aulas em cursos pré-vestibulares ou em empresas (treinamentos e universidades corporativas). Além disso, escolas particulares, mesmo dos ensinos Fundamental e Médio, também costumam pagar melhores salários que os órgãos públicos.


A estudante do 5° ano da faculdade de Geografia da Universidade de São Paulo (USP) Fernanda Mangabeira dá aulas para turmas do Ensino Fundamental em escolas particulares. Segundo ela, é possível encontrar um bom plano de carreira também em cursinhos pré-vestibulares, na elaboração de livros didáticos e no Ensino Superior.

Professor pode escolher entre diversas opções de carreira


De acordo com Luiz Ricardo Arruda, coordenador-geral do Anglo Vestibulares, poucos docentes atuantes nos cursinhos trocam esse ambiente por outras escolas. O que costuma ocorrer é uma junção de tarefas e muitos professores somam as jornadas. “Há também profissionais que acumulam as aulas do cursinho com cursos de especialização de mestrado ou doutorado, para mais tarde lecionar em universidades.” Segundo Arruda, nos cursinhos a média salarial (hora/aula) de um professor é R$ 75 (júnior), R$ 100 (sênior) e R$ 107 (pleno).

Estatísticas


Dados gerais da sondagem realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) em 2009 apontam que há no Brasil 1.341.178 professores de educação básica com formação superior, licenciados e não licenciados.

No curso de Pedagogia da Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, a relação candidato/vaga está em alta. Foram 781 inscritos para 180 vagas em 2010 e 995 neste ano, para o mesmo número de oportunidades.


Segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), em março cerca de 225.269 profissionais estavam atuando como professores no Estado de São Paulo - número que inclui todo o quadro do magistério: diretor de escola, supervisor de ensino, dirigente regional de ensino e as funções de vice-diretor e professor coordenador.


A publicitária Bárbara Pirtouscheg, apesar de não ter se formado em Pedagogia, dá aulas de inglês em uma escola de línguas e, nos horários livres, dá aulas particulares.



Segundo ela, o principal motivo que a levou a querer dar aulas particulares foi a possibilidade de seguir o seu próprio modelo de ensino. Além disso, em pouco tempo percebeu que é algo no qual consegue um bom salário, mais do que com aulas regulares. "Também tem a vantagem de não precisar sair de casa, estar mais presente e ainda ensinar da maneira que acho mais adequada."

A pedagoga Anna Marina Cagnacci faz acompanhamento pedagógico com crianças até o 5º ano do Ensino Fundamental. "Acompanho todas as matérias, ajudo nas lições de casa e também vou à escola para conversar com as professoras e ver quais os principais problemas do aluno."

Atualmente, Anna tem cinco alunos e afirma que, em média, consegue tirar R$ 3 mil por mês. "Alguns meses, como janeiro e julho, você não ganha nada. Mas esses meses são compensados no final de ano e nas épocas de prova, quando a demanda por aulas aumenta." A professora destaca que, por ser aposentada, esse dinheiro se tornou um ganho extra e, por isso, só dá aulas pela manhã. "Se a pessoa faz disso uma profissão mesmo, ela ganha muito bem. Já tive épocas que tirei até R$ 5 mil por mês. Só é preciso se organizar para os meses de baixa."


Desafios

Para Maria Izabel Noronha, presidente da Apeoesp, as condições inadequadas, a sobrecarga, o excesso de cobrança e a exaustão emocional em relação ao trabalho são os principais desafios do profissional da educação. Por isso – e pela questão salarial - o cargo tem se tornado pouco atraente para o jovem que está escolhendo sua profissão.


Um levantamento realizado em dezembro de 2010 pela subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontou que mais de 40% dos professores da rede estadual frequentemente sentem cansaço, sobrecarga, frustração, cobrança e exaustão emocional em relação ao trabalho.


Salários


De acordo com o sindicato, o salário inicial de um professor atuante no nível fundamental e médio no Estado de São Paulo vai de R$ 821,25 a R$ 1.188,37, para jornada de 24 a 30 horas semanais.


Maria Beatriz Abramides, presidente da Associação de Docentes da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), afirma que os salários na universidade variam de acordo com a titulação do professor: um titular ganha cerca de R$ 8.818,50, para 40 horas semanais, um associado recebe R$ 6.786,80, um assistente de doutor R$ 5.651,77, assistente de mestre R$ 4.348,42, auxiliar de ensino R$ 3.621,73 e um auxiliar de ensino ingressante R$ 2.283,89.


Segundo ela, os profissionais são selecionados por edital de processo seletivo na universidade, composto por conhecimentos específicos da área em que irão atuar, análise de currículo, entrevista e aula didática para uma banca.

Nível Salário Ensino Fundamental R$ 1.844,00 Ensino Médio R$ 2.047,00 Ensino Superior R$ 3.066,00 Pesquisa Salarial Catho Online.

NOTA DESTE BLOG

Compare agora os salários para outras profissões com igual nível de escolaridade, e constate os motivos pela falta de interesse pela carrreira docente e os resultados das avaliações internacionais a que são submetidos os nossos alunos. Lastimável. 

Fonte: Portal IG - Economia
Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 08:36 hs.

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