22 de junho de 2011

HOTEL DE LUXO EM CAMPOS DO JORDÃO SERÁ DEMOLIDO.DECISÃO JUDICIAL


Fachada do hotel




Sentença manda demolir hotel de luxo em área ambiental de Campos do Jordão


Encravado em área de preservação permanente em Campos do Jordão, na Serra da Mantiqueira, o hotel superluxo Blue Mountain foi condenado pela Justiça à demolição total, retirada imediata do entulho e a realizar o pleno reflorestamento da região desmatada - uma área equivalente a seis campos de futebol. Cabe recurso de apelação ao TJ-SP.
O juiz Paulo de Tarso Bilard de Carvalho, da 2.ª Vara Cível de Campos do Jordão (SP), acolheu os argumentos da ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual. No processo, o promotor de Justiça Jamil Luiz Simon lista 21 irregularidades cometidas pelo empreendimento, incluindo a destruição de mata nativa, construções em áreas de topo de morro e perto de nascentes d"água, desmatamento de vegetação de Campo de Altitude inserida em área que abriga animais silvestres ameaçados de extinção e implementação de um reservatório para captação de água sem anuência do Estado.

"O próprio Estado já reconheceu o erro na emissão e anulou a licença" - diz o representante do Ministério Público.

Já o advogado do hotel, José Ricardo Biazzo, defende que não houve irregularidade na construção e já recorreu da sentença. "Se por uma hipótese absurda houve erro, não foi dos proprietários, que não podem ser punidos com a demolição", afirma.

Aberto há um ano, o Blue Mountain funciona normalmente, com heliponto e diárias que chegam a R$ 6 mil.

Na decisão, o juiz diz que a permanência do hotel na área de preservação "significaria não só prestigiar o desrespeito ao meio ambiente, à legislação ambiental e aos jordanenses, mas também reconhecer que qualquer pessoa poderia danificar o meio ambiente se conseguisse concluir seu empreendimento antes que seus atos fossem submetidos ao controle constitucional pela Administração ou pelo Poder Judiciário".

A atuação do Ministério Público, que propôs a ação de demolição do Blue Mountain em 2008, adiou em dois anos a inauguração do hotel, mas não conseguiu impedir o término do empreendimento, finalizado em fevereiro daquele ano. O embargo determinado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente também foi posterior à conclusão da obra. (Com informações de O Estado de S.Paulo).

FONTE:

http://www.spacovital.com.br/ - 21 de junho e 2011

Nota deste blog

Vamos acompanhar a decisão final desta intrincada questão jurídica, na certeza de que o hotel não será demolido.

Vamos apostar?










Um comentário:

  1. 1) O que é um morro? O que é um topo de morro? NÃO EXISTE LEI QUE DEFINA e Não cabe ao CONAMA, um simples órgão colegiado Legislar! Portanto, acho ilegal e inconstitucional a norma que define os limites do topo de morro.
    2) Creio que deveríamos focar os indicadores que se visa preservar para que o morro cumpra sua função ecológica: se ele é coberto de árvores (floresta), ou apenas de braquiária (pasto); o grau de inclinação (para evitar erosão); se há nascentes etc. Ou seja, focar com bom senso, preservando, mas não travando o progresso por simples "paixão ideológica".
    3) Finalizo lembrando que, tal norma, num país de relevo tão acidentado como o nosso, esbarra no limite da imbecilidade.

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