Os conflitos de hoje -e os do futuro próximo- surgem em novas esferas da convivência humana. Para acompanhar as mudanças, cada vez mais áreas têm advogados especializados.
"Direito do consumidor, ambiental, aeronáutico, eletrônico e biodireito [responsabilidade moral em pesquisas médicas] são as mais recentes", diz Gisele Friso, consultora jurídica em direito eletrônico e do consumidor. "E outras mais específicas, como direito homoafetivo, ligado ao direito de família."
O direito ambiental, que trata das leis para a proteção da natureza, ganha espaço pela preocupação com a sustentabilidade. Outro segmento em alta, o direito eletrônico "crescerá à medida que as tecnologias de informação se expandirem", avalia Jander Leal, especialista em direito ambiental no Rio.
NOVATOS
As áreas de energia, infraestrutura, tecnologia, propriedade intelectual e seguros também são apontadas como o futuro da profissão por Terence Dorneles Trennepohl, 34, pós-doutor pela Universidade Harvard e professor de pós-graduação. Para um recém-formado, contudo, ainda é mais comum atuar nas tradicionais áreas cível e trabalhista, cita Patrícia Peck Pinheiro, especialista em direito digital.
"As áreas tributária e de fusões e aquisições são as de maior atuação em grandes empresas", complementa. "A complexidade do sistema tributário nacional torna o profissional cada vez mais necessário", reforça Leandro Antunes, advogado especializado em direito trabalhista.
DIFICULDADE
A carreira pública também é muito desejada, porém, segundo Edson Cosac Bortolai, presidente da Comissão Nacional de Exame de Ordem da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), não figura entre as mais escolhidas pela dificuldade de passar em concursos. Independentemente da área, "pós-graduação é fundamental", destaca Charles McNaughton, sócio do escritório Gaudêncio, McNaughton & Prado Advogados.Vale a pena conferir.
Também é importante ganhar visão multidisciplinar, com cursos extras de gestão de riscos, contabilidade e TI.
Notícia disponibilizada no Portal
Folha de São Paulo
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