30 de setembro de 2011

Ensino Superior - Vagas Ociosas - Como Preenchê-las

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Segundo dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – a expectativa de vida do brasileiro tem aumentado de forma significativa. Isso se deve, segundo a mesma fonte, à melhoria do acesso aos serviços de saúde, às campanhas de vacinação, o aumento da escolaridade, à prevenção de doenças e aos avanços da medicina.
Por outro lado, o Brasil hoje dispõe de um Estatuto do Idoso e de órgãos estatais (Ministério Público, Defensoria Pública e outros) que procuram assegurar ao idoso o pleno exercício de seus direitos.
O Estatuto do Idoso estabelece como obrigação da família e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao trabalho, à cidadania e à dignidade.
Estudiosos da matéria consideram ainda tímidas as ações que têm por objetivo promover a inserção social e ao desenvolvimento da cidadania das pessoas idosas.
No relacionável ao acesso à educação, algumas universidades e instituições isoladas de ensino, já promovem sob o título de “Universidade Aberta a Terceira Idade”, ações que tem por objetivo melhorar as condições de vida dos idosos. Tratam-se, na verdade, de programas isolados, que não promovem, efetivamente, a inserção do idoso nos cursos superiores mantidos por essas instituições.
Por outro lado, há notícias de que projetos de leis serão apresentados para garantir ao idoso o acesso ao ensino universitário público, a exemplo do que já se fez para negros, portadores de necessidades especiais e estudantes de rede pública. Os que defendem a ideia afirmam que “não se trata de criar mais uma cota, mas o de contribuir para a qualidade de vida dos maiores de 60 anos”.
Diante dessa constatação, e considerando que as instituições de ensino particulares buscam cada vez alternativas para captar alunos no concorrido mercado brasileiro, não se verifica em nenhuma delas iniciativas que tenham por escopo permitir o ingresso/reigresso de idosos no ensino superior.
A proposta que fazemos é que essas instituições disponibilizem as vagas remanescentes de seus cursos, e elas são muitas, para os idosos que queiram ingressar pela primeira vez no ensino superior, ou para aqueles que pretendem realizar uma nova graduação, oferecendo para tanto descontos significativos ou até mesmo a isenção do pagamento das mensalidades.
Ao preencher vagas remanescentes – que ficariam ociosas – os idosos não iriam acarretar qualquer custo adicional significativo para as instituições. Por outro lado, a instituição estaria captando pessoas, geralmente portadoras de grande capacidade de envolvimento e de alto grau de comprometimento, que certamente iriam constituir-se em referências para os jovens estudantes, bem como demonstrando a sua responsabilidade social ao colaborar para que o acesso do idoso aos direitos especiais que lhes são destinados em lei, como expressão da sua cidadania, seja garantido.

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