A mídia tem dado destaque para a crescente onda migratória de estrangeiros que chegam ao Brasil para trabalhar, atraídos por salários compatíveis com o que se paga em seus países de origem.
O fato é festejado por alguns, assinalando que o Brasil, de histórico exportador de mão de obra, por falta de oportunidades internas e baixa remuneração, passa por um momento inverso, graças ao bom momento da sua economia e a crise instalada em países ricos.
Segundo dados divulgados, o momento positivo em que vive o Brasil, refletiu na concessão de 22.188 vistos de trabalho para estrangeiros no primeiro semestre deste ano.
Os americanos e britânicos lideram a nova onda migratória.
Para alguns analistas o fato é positido, pois os estrangeiros trazem experiência e qualificação, fatores que contribuem para o aumento da produtividade no país. Ressaltam, ainda, com dados da pesquisa, que seis em cada dez profissionais estrangeiros possuem formação universitária.
O fato poderia ser considerado relevante se, por trás dele não escondesse duas tristes realidades; a primeira, a falta de investimento na educação brasileira, que hoje transforma o nosso país refém de mão de obra qualificada do exterior e, segundo, que aos brasileiros restará ocupar os postos de trabalho em que não se exige formação, e que podem ser preenchidos por um grande contingente de analfabetos sem qualquer qualificação técnica.
Se hoje somos um país importador de mão de obra qualificada – fato festejado por alguns, repetimos -, também temos o privilégio de ser um dos maiores exportadores de outro tipo de “trabalhadores”, prostitutas e travestis.
Segundo recente relatório do Departamento de Estado norte-americano, o Brasil "exporta" prostitutas brasileiras para 12 países: Estados Unidos, Argentina, Alemanha, Itália, Japão, Holanda, Paraguai, Portugal, Rússia, Espanha, Suíça e Reino Unido. Além do tráfico interno de pessoas e também de prostitutas, o Brasil é mencionado no relatório, inclusive, pela "exportação" de travestis, estes especialmente para a Europa e Ásia.
Se ainda vivemos como nos tempos da colônia: exportando matéria prima e importando tecnologia ou produtos manufaturados, no quesito mão de obra, pioramos:
Importamos cabeças e exportamos bumbuns.
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