26 de setembro de 2011

O vale tudo em busca de alunos




As instituições privadas de ensino superior no Brasil não se cansam de lançar a cada dia novas estratégias para captar alunos. Trata-se de buscar a sobrevivência num mercado altamente competitivo. Diferentemente do que ocorria no passado, onde a qualidade do ensino e das estruturas físicas eram os ícones de campanhas publicitárias, hoje se busca novas formas de atrair os alunos como demonstra a reportagem publicada na Folha.com Saber, cujo link para a leitura da matéria postamos em nota [1].

As novas armas lançadas pelas instituições para preencher suas vagas, hoje raramente preenchidas na sua totalidade em quase todos os cursos (vagas não preenchidas no setor privado foi de 31% para 58% de 2001 a 2009, segundo o Censo da Educação Superior do MEC), consistentes em cobranças de mensalidade baixas, descontos, bolsas e outras vantagens financeiras, ao mesmo tempo em que favorece a inclusão de alunos até então impossibilitados de ter acesso ao ensino superior, pode colocar em risco a já questionada qualidade do ensino ministrada por essas instituições.

Como “do couro tira-se a correia”, a queda de receita decorrente dessas vantagens concedidas pelos alunos, implicará certamente na redução de custos que pode afetar a qualidade do ensino ministrado. Nesse sentido, já se utiliza oferecer parte (20% da carga horária) do curso a distância, conforme é facultado pela legislação educacional.

Espera-se que não venha ocorrer a redução do pagamento do valor aula dos professores, contratando-se menos mestres e doutores, bem como outras medidas que afetem a qualidade do ensino ministrado por essas instituições.

De nada vale apenas oferecer aos nossos jovens um diploma de curso superior, mas sim conhecimento necessário para que ele possa acompanhar os avanços tecnológicos do mundo atual.


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