Nos
dias atuais o fato de uma pessoa poder utilizar o título de doutor não lhe
assegura mais o mesmo status social de outrora. Ontem o simples fato de uma
pessoa obter uma graduação superior, já lhe garantia a deferência de ser tratado
como doutor socialmente. Hoje, com a facilidade de se obter um diploma, não se
tem mais esse privilégio.
Até
por se tratar de um costume enraizado em nossa sociedade, médicos e advogados
foram os únicos que continuaram a receber o tratamento de doutor, mesmo
possuindo apenas graduação superior. Por outro lado, aqueles que efetivamente
concluíram um doutorado, se pertencente à outra categoria profissional,
raramente são tratados como doutores.
Valorizados
na década passada, os doutores, como também os mestres – com títulos obtidos em
programas de pós-graduação -, passaram a ser prestigiados no mundo acadêmico,
face o Ministério da Educação passar a exigir das instituições de ensino um
percentual mínimo de portadores dessa titulação acadêmica (doutores e mestres).
Todavia,
tal glamour também passou, ante a enxurrada de portadores de títulos de mestres
e doutores. Hoje muitos deles, apesar do título, não recebem remuneração
equivalente à titulação, se igualando aos que apenas possuem uma especialização
e até mesmo só a graduação.
Se
também no mundo acadêmico os mestres e doutores perderam o prestígio, vimos que
também socialmente a titulação acadêmica perde a cada dia sua importância, ante
a concessão de títulos de honoríficos que são concedidos por universidades
brasileiras e do exterior.
Prova
nossa assertiva o fato de o nosso ex-presidente Lula da Silva, já ser portador
de nada menos do que sete títulos de doutor honoris
causa.
Com
todo o respeito que se possa tributar ao nosso ex-presidente, entendemos que as
homenagens que a ele devem ser prestadas - por aqueles que o julgam merecedor -,
não deveria jamais consistir na entrega de um título de “doutor”, honraria que deveria ser reservada àqueles que, no mínimo, tenham uma graduação superior.
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