18 de novembro de 2011

ENSINO SUPERIOR CRESCE NO BRASIL, MAS HÁ VAGAS OCIOSAS




Se por um lado houve um aumento de inscritos no ensino superior no Brasil com 6,3 milhões de matrículas, por outro lado, em 29,5 mil cursos oferecidos por 2.377 instituições houve uma sobra considerável de vagas não preenchidas.

Segundo dados do Censo da Educação Superior de 2010, as 2.377 instituições de ensino superior ofereceram 3.120.192 vagas em seus processos seletivos, mas apenas 1.590.212 foram de matrículas confirmadas, uma sobra de 49% das vagas.

As informações foram divulgadas pelo Ministério da Educação (MEC).

Das 1,5 milhão de vagas não preenchidas, a maioria era em escolas particulares. Entre as públicas, sobraram 36 mil vagas, principalmente nas municipais. “As instituições municipais passam por algumas dificuldades. Estamos elaborando um programa para que a gente possa apoiar as instituições públicas que não são federais e passam por dificuldades de financiamento ou infraestrutura. Com esses problemas, às vezes elas têm dificuldades para atrair o estudante”, afirmou o secretário de Ensino Superior do MEC, Luiz Cláudio Costa.

Uma das causas desse efeito parte das próprias instituições, que solicitam ao MEC mais vagas do que a demanda. Outro fator é o alto valor das mensalidades das particulares, além da falta de interesse dos estudantes por alguns cursos. O estudo do Censo apontou o Sudeste como a região que ofertou o maior número de vagas (1,6 milhão) e teve a maior sobra de vagas (886 mil).

Já o Centro-Oeste registra a maior proporção de vagas não preenchidas, com 53%. Em contrapartida, o Norte tem melhor aproveitamento: 63% das vagas foram ocupadas em 2010. Nas diferentes áreas de formação, o porcentual de vagas ociosas varia de 30%, nos cursos ligados às atividades de Veterinária e Agricultura, a 60% nos de serviços, que incluem graduações como Turismo, Hotelaria e Gastronomia.

Fonte: Amanda Cieglinski (UOL)

Publicado
http://professornews.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1113

Nota deste blog


Não há dúvida que os principais fatores da ociosidade de vagas é o excessivo número aprovado pelo MEC para alguns cursos, muito além da natural demanda, e os preços das mensalidades escolares.


Tais aspectos são os principais entraves na inclusão de um maior número de alunos no ensino superior brasileiro.


Por outro lado, o que não se entende é a baixa procura para os cursos de Turismo, Gastronomia e Hotelaria, no momento em que o Brasil se prepara para sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

A única razão que vemos, é a falta de regulamentação de algumas profissões, para quais o diploma de curso superior não é exigido para o exercício profissional.

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