3 de dezembro de 2011

Bill Gattes – aos futuros graduados.








1) A vida não é fácil. Acostume-se com isso.



2)  O mundo não está preocupado com sua auto-estima. O mundo espera que você faça alguma coisa útil por ele antes de sentir-se bem.



3)  Você não ganhará R$ 20.000,00 por mês assim que sair da escola. Você não sera vice-presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição, antes que você tenha conseguido comprar seu próprio carro e telefone.



4)  Se você acha seu professor rude, espere até ter um Chefe. Ele não terá pena de você.



5)  Vender jornal velho ou trabalhar durante as férias não está abaixo da sua posição social. Seus avós têm uma palavra diferente para isso: eles chamam de oportunidade.



6)  Se você fracassar, não é culpa dos seus pais. Então não lamente seus erros, aprenda com eles.



7)  Antes de você nascer, seus pais não eram tão críticos como agora. Eles só ficaram assim, por pagar as suas contas, lavar suas roupas e ouvir voce dizer que eles são ridículos. Então, antes de salvar o planeta para a próxima geração, querendo consertar os erros da geração dos seus pais, tente limpar seu próprio quarto.



8)  Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim. Em algumas escolas você não repete mais de ano e tem quantas chances precisar até acertar. Isto não parece com absolutamente NADA na vida real. Se pisar na boa, está despedido: RUA. Faça certo da primeira vez.



9)  A vida não é dividida em semestres. Você não terã sempre os verões livres e é pouco provável que outros empregados o ajudem a cumprir suas tarefas no fim de cada período.



10)             Televisão não é a vida real. Na vida real as pessoas têm que deixar o barzinho ou a boate e ir trabalhar.



11)             Seja legal com os CDFs (aqueles estudantes que os demais julgam que são uns bobos). Existe uma grande probabilidade de você ir trabalhar para um deles.

Bill Gates está certo. Tanto lá quanto cá, estamos criando uma geração de monstros ególatras, que se acham o centro do universo. Vivemos a era de Narciso. Se você tem dúvida, respire fundo, tampe o nariz e assista pelo menos um dia o pior programa da TV Brasileira, o famigerado BBB. Você vai ver um monte de jovenzinhos mimados, batendo no peito e bradando
eu sou autêntico, como se isso fosse uma enorme qualidade. Para eles, ser autêntico (que no caso, nada mais é dizer e fazer o que quer e sem conseqüencias, sem se preocupar com as outras pessoas) é a maior das qualidades. Maior do que ser caridoso, fraterno ou compreensivo, por exemplo.

Quer outro exemplo? Bem-nascidos da USP lutando pelo
nobre direito de fumar maconha na universidade (que nós pagamos) sem serem perturbados pela polícia. Ora, faça-me o favor. Uma enxadinha pra cada um e uma glebazinha de terra de sol a sol, para eles aprenderem o que é viver.

Temo muito por essa geração que manda nos pais e ignoram os avós. Temo muito uma sociedade onde nem as escolas nem as famílias sabem mostrar aos jovens o que é a vida.


Quando dei aulas de criação publicitária e de redação em uma faculdade, dizia aos alunos no primeiro dia de aula que eu não era professor e eles não eram alunos. Eu era cliente e eles, agências. E, que, se não entregassem os trabalhos nos prazos, perderiam o cliente. Se fizessem algo meia-boca, seria rejeitado e haveria refação. Se não viessem a aula, seria como perder uma reunião.

Dei vários zeros. Mas formei muita gente para o Mercado. Acho que assim tem chance de funcionar.


Artigo Inédito escrito para a Revista Gestão Educacional

Fonte: Portal MKT Educacional

Publicado no site da CM Consultoria

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Já chegamos ao fundo do poço?

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