25 de fevereiro de 2012

O HOMEM SEM SAPATO






Um homem já de certa idade entrou no ônibus.


Enquanto subia, um de seus sapatos escorregou para o lado de fora.
 
Mas a porta se fechou e o ônibus saiu, e não foi possível recuperá-lo.
 
Tranquilamente, o homem retirou seu outro sapato e jogou-o pela janela.
 
Um rapaz, vendo o que acontecera, perguntou: notei o que o senhor fez.
 
Por que jogou fora seu outro sapato?
 
Eu agi de forma que quem o encontrar seja capaz de usá-los.
 
Provavelmente, apenas alguém necessitado dará importância a um sapato usado encontrado na rua.
 
E de nada lhe adiantará apenas um pé de sapato.
 
Assim, o homem mostrava ao jovem que não vale à pena agarrar-se a algo simplesmente por possuí-lo, nem por que você não deseja que outro o tenha.
 
Perdemos coisas o tempo todo.
 
A perda pode nos parecer penosa e injusta inicialmente, mas a perda só acontece de modo que mudanças, na maioria das vezes positivas, possam ocorrer em nossa vida.
 
Como o homem da história, nós temos que aprender a nos desprender. 

Alguma força decidiu que era hora daquele homem perder seu sapato.
 
Talvez isso tenha acontecido para iniciar uma série de outros acontecimentos bem melhores para o homem do que aquele par de sapatos.
 
Talvez a procura por outro par de sapatos tenha levado o homem a um grande benfeitor.
 
Talvez uma nova e forte amizade com o rapaz do ônibus.
 
Talvez aquele rapaz precisasse presenciar aquele acontecimento para adotar uma ação semelhante.
 
Talvez a pessoa que encontrou os sapatos tenha, a partir daí, a única forma de proteger os pés.
 
Seja qual for a razão, não podemos evitar perder coisas.
 
A propósito, algumas perdas são até necessárias… O homem sabia disso.
 
Um de seus sapatos tinha saído de seu alcance.
 
O sapato restante não mais o ajudaria, mas seria um ótimo presente para uma pessoa desabrigada, precisando desesperadamente de proteção do chão.
 
Acumular posses não nos faz melhores nem faz o mundo melhor. 

Todos temos de decidir constantemente se algumas coisas devem manter seu curso em nossa vida, ou se é melhor seguir sem elas.

Crédito:
Recebi esta mensagem por e-mail de Mariza Brandimarti.

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