Todos se lembram quando o presidente Obama disse que
“Lula é o cara”. Por certo o mandatário americano ainda não conhecia Joaquim Barbosa,
ministro do nosso STF, e relator do processo do mensalão.
O iminente ministro disse ontem que não se julgava
herói, mas sim um “barnabé” do processo.
Vale a pena ler a reportagem publicada na Folha de
São Paulo, Poder, cujo link segue abaixo.
Reproduzo, na íntegra, para os leitores do meu blog, e em homenagem a esse grande brasileiro.
Joaquim
Barbosa rejeita rótulo de herói e diz que é 'barnabé'
O relator do
processo do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Joaquim
Barbosa, recusou ontem o título de "herói" e disse ser apenas um
"barnabé" do processo.
Abordado por
convidadas na saída da posse do novo presidente do STJ (Superior Tribunal
Justiça), em Brasília, Barbosa disse que é apenas um "barnabé" (um
sujeito comum) do processo.
A expressão
foi usada quando o ministro, mesmo escoltado por um pelotão de seguranças na
saída da posse no STJ, foi abordado por duas mulheres que o chamaram de
"nosso herói". Ele reagiu: "Que isso, gente, sou só o barnabé do
processo".
Barnabé tem
uso pejorativo para designar funcionário público, principalmente o de nível
hierárquico baixo.
Barbosa
ainda evitou fazer considerações sobre as questões do julgamento. Indagado
sobre o andamento do processo, porém, disse que "está tudo indo bem".
Na
segunda-feira, ele retoma a leitura de seu voto sobre a parte da denúncia que
trata de gestão fraudulenta e envolve quatro réus ligados ao Banco Rural.
A tendência
é que ele vote pela condenação da dona do Banco Rural, Kátia Rabello; do
ex-vice-presidente da instituição, João Roberto Salgado; do vice-presidente
Vinícius Samarane; e da ex-vice-presidente Ayanna Tenório.
O relator
afirmou que espera o encerramento do julgamento até o fim do mês.
MAIS AGILIDADE
Também
presente à cerimônia, outro julgador do caso, o ministro Marco Aurélio Mello,
cobrou mais rapidez na análise do caso. "Espero que agora sejamos mais
ágeis nos votos a serem proferidos, e tenhamos um veredicto até o final do mês
de setembro."
"A
sociedade vem reclamando muito e, evidentemente, quer a entrega da prestação
jurisdicional da decisão", afirmou. E alfinetou os colegas: "certas
discussões devem ser deixadas de lado".
Fonte:
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