12 de setembro de 2013

É horrível assistir à agonia de uma esperança.



     
 Imagem: historia-davida.blogspot.com


        A esperança de muitos brasileiros de que o Supremo Tribunal Federal (STF) desse uma demonstração de que nem tudo está perdido em nosso país começa a desaparecer. Na análise dos recursos interpostos pela defesa dos acusados, o STF pode, aceitando a tese de que esses são cabíveis, na prática realizar um novo julgamento. Com isso, dificilmente alguns dos condenados irão cumprir as penas de prisão a que foram condenados.

        Na análise dos denominados Embargos Infringentes, recurso interposto pelos réus, a votação terminou hoje empatada. Caberá ao decano (ministro mais antigo) do Tribunal, Celso Mello, decidir na próxima sessão daquela Corte, se o recurso deve ser aceito. A imprensa dá como certo o voto de Celso Mello pela admissibilidade do recurso, da mesma forma que afirma existir uma pressão muito forte dos ministros que votaram contra o cabimento do recurso para que ele reveja sua posição.

        Não tenho dúvida de que a mídia e a população (opinião pública) brasileira não podem ficar omissas nesse momento. É preciso clamar para que pelo menos o Poder Judiciário no Brasil não se mostre partícipe da impunidade generalizada que toma conta do nosso país.  

        Se o brasileiro foi às ruas com tanto ímpeto para reduzir em R$0,20 as passagens de ônibus, é de se esperar que agora faça o mesmo em favor de salvar a imagem do nosso Poder Judiciário.  
       E o povo quer isso, pois uma pesquisa feita pelo Instituto Datafolha mostrou que 74% dos brasileiros defendem a prisão imediata dos réus condenados e apenas 14% defendem a tese de que eles merecem um novo julgamento.

Não basta querer, precisa acreditar e lutar por isso.

Nota:

O título dessa postagem é uma frase de Simone de Beauvoir.

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