Como brasileiros e amantes do futebol, sabemos que quando um técnico de um time está prestigiado pela Diretoria, historicamente é porque o seu cargo está a perigo. Os comentários de que Fernando Haddad, Ministro da Educação, está sendo “observado”, nos induz a pensar que ele corre o risco de ser o primeiro Ministro a deixar o governo de Dilma Rousseff.
Os novos problemas na aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e na seleção dos candidatos para as vagas nas universidades públicas - Sistema de Seleção Unificada (SISU) -provocaram um desgaste enorme do Ministro.
Para amenizar um pouco as crises, Fernando Haddad nomeou uma nova presidente para o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) – o terceiro ocupante do cargo em menos de um ano -, numa prova evidente que aquele órgão, responsável pelo ENEM, não consegue resolver os problemas que têm acontecido todos os anos.
Além dos problemas com a elaboração e aplicação das provas do ENEM, o SISU, nos dois últimos anos, sofreu panes e apresentou lentidão, prejudicando os alunos que o utilizaram, via internet, para fazer suas inscrições.
Uma reportagem publicada na Folha de São Paulo aponta o “gigantismo de uma prova para mais de 3 milhões de pessoas, realizada em escala nacional em etapa única”, como um dos maiores problemas. Mas a mesma reportagem deixa claro que isso “não exime o ministério da responsabilidade pela incrível sucessão de equívocos”.
Mais adiante, e na mesma matéria, a Folha diz que “quanto às dimensões o exame, há meios de contorná-la. O atual modelo de avaliação, no qual perguntas distintas podem possuir graus equivalentes de dificuldade, permite a comparação de notas mesmo entre alunos que tenham realizado testes diferentes.
Essa técnica, já testada com sucesso em exames internacionais, possibilitaria a realização de mais de uma prova por ano, com resultados comparáveis. E a redução da escala dos testes facilitaria a correção das falhas”.
Apesar de ter sido noticiado de que a nova presidente do INEP é favorável a mudança do formato de aplicação do ENEM, ela também se mostra propensa em realizar o exame duas vezes por ano como forma de diminuir o número de alunos a serem examinados.
Só esperamos que as mudanças sejam previamente estudadas e testadas, pois não podemos mais colocar nossos estudantes como cobaias de novas experiências do MEC.
Fonte:
Folha de São Paulo
Alexandre Magno comentou seu link.
ResponderExcluirAlexandre escreveu: "Tem que cair, depois de todas essas lambanças, não dá mais!!!"