17 de fevereiro de 2011

Golpe do caixão




Golpes ou golpezinhos nunca deixarão de prosperar neste país - e são aplicados por gente comum contra gente também comum, com menores ou maiores rasgos de criatividade. O resumo é do jornalista Fernando Albrecht.

Ele conta que nos anos 80, um dos freqüentadores eventuais da ´Mesa Um´ do falecido Restaurante Dona Maria, em Porto Alegre, era um servidor público federal aposentado. Certo dia, ele anunciou que "agora era empresário", que estava "ganhando dinheiro como nunca".

De fato, ele andava com uma Mercedes. Velha, é verdade, mas era uma Mercedes.

Passaram-se os meses e o "empresário" virou notícia policial, no tempo em que era impossível obter da CRT qualquer possibilidade de ingressar no mundo telefônico.

Primeiro, pegou linhas telefônicas de velhinhas que caíram na sua lábia e, em vez de alugá-las, as vendeu. As vítimas deram queixa, ele foi condenado, mas saiu em seguida, por bom comportamento e decurso do 1/6 de cumprimento da pena.

Meses depois, o "empresário" virou notícia de jornal de novo. Inventou uma raspadinha com parte da renda para paraplégicos. Como eles não receberam as cadeiras de rodas prometidas, acionaram a polícia.

- Mas como, logo agora que eu ia distribuir as cadeiras? - defendeu-se, ao ser levado ao delegado de plantão.

A explicação não colou, claro, lá foi ele em cana de novo. Assim, por um par de anos não se ouviu mais falar nele, até que um jornal da Região Metropolitana recentemente contou a última do empreendedor.

Resumo: ele fez um grande seguro de vida da sua sogra, que infelizmente faleceu dias depois. Adivinhem quem era o beneficiário...

A seguradora desconfiou e houve a exumação do corpo. Dentro do caixão, só pedras.

Isso sim que é genro! Explora mas não mata...

Fonte:
publicado no espacovital.com.br

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