14 de fevereiro de 2011

Vai tentar estágio ou trainee? Veja como fazer o currículo




Postamos recentemente sobre a importância de o aluno de curso superior realizar estágios. Seguem dicas importantes de como elaborar um currículo para tal finalidade.

O texto foi produzido por Juliana Doretto/ São Paulo e publicado no Uol – Empregos.

A primeira peneira em várias seleções de estágio e trainee é a análise de currículo. Mas, para quem nunca trabalhou e não vem de uma universidade de ponta, isso significaria pontos a menos desde o início?

Não, dizem as consultoras ouvidas pelo UOL Empregos. O currículo é um espaço em que o estudante pode mostrar outras habilidades e experiências que vão além do nome da faculdade em que estuda.

Em primeiro lugar, não se pode falar de currículo, mas sim de currículos: tenha um para cada área em que queria atuar, senão o recrutador vai achar que você anda atirando para todos os lados. O que vai mudar, basicamente, é o item Objetivo.

Quer atuar em um banco? Defina se quer a área financeira, de crédito ou de risco, por exemplo. "Você pode também, ao hierarquizar as informações dos itens do currículo, mostrar primeiro aquelas atividades ligadas à área", diz Renata Perrone, gerente de consultoria da assessoria de recursos humanos Ricardo Xavier.

Resuma tudo em uma única página e redobre as atenções com erros de português. E, a menos que você já tenha muita habilidade com criações gráficas e esteja concorrendo a vagas nessa área, não invente: use um tipo de letra já conhecida (as especialistas ouvidas pelo UOL Empregos sugerem Arial), de tamanho padrão (12) e na cor preta. "O candidato não pode ser lembrado pelo formato muito diferenciado do currículo, e sim pelas informações que está nele", diz a gerente da Ricardo Xavier.

O primeiro item é o nome do profissional, num tamanho de letra um pouco maior do que a usado no restante do texto (corpo 14, por exemplo). Em seguida vêm os dados pessoais: nacionalidade, idade (e não o ano em que nasceu, para evitar que o recrutador tenha de fazer contas), estado civil e os contatos (endereço, com bairro e CEP, telefone, celular e e-mail).

Importante: a conta de email tem de ser algo profissional: não use e-mails que tenham brincadeiras ou apelidos. Foto? Só inclua se a empresa pedir. Documentos? Não precisa. Isso ocorria porque as organizações buscavam o perfil de candidatos em cadastros de credores ou criminais, o que agora está proibido por lei.

No que você é bom.

Carmen Alonso, coordenadora de treinamentos corporativos do Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios), diz que o currículo pode ter também uma categoria chamada de Qualificações, logo após o Objetivo, em que o candidato pode listar suas quatro principais competências.

Mas como saber quais são elas? "Pela sua vocação. Veja o que faz na escola ou pergunte à família e aos professores. São habilidades como liderança, dinamismo, pontualidade, boa administração do tempo, facilidade de relacionamento interpessoal, perfil analítico [mais técnico], organização e foco em resultados", diz.

Para a coordenadora do Nube, os conhecimentos de informática também podem entrar aí. Já Renata Perrone acredita que seja bom criar um item Informática, mais perto do fim do currículo, descrevendo os programas que domina -- os mais requisitados são Office, PowerPoint e Excell.

Na Formação acadêmica, se ainda estiver estudando, indique a previsão de conclusão do curso, e não o semestre ou o período que cursa. O recrutador não pode ter dúvidas quanto ao tempo restante para o fim da graduação.

Na categoria Idiomas, nada de humildade excessiva. "Se você já fez algum curso de línguas na vida, mesmo que seu nível seja muito básico, tem de colocar, porque já é um diferencial", diz Renata Perrone. Por outro lado, não diga se é fluente caso não domine muito bem a língua. Vale mais escrever que está cursando o nível intermediário ou avançado.

Nossa dica: siga os conselhos de Stephen R. Covey e seja Proativo:

"Ser proativo é mais do que tomar a iniciativa. É reconhecer que somos responsáveis pelas nossas próprias escolhas e que temos a liberdade de escolher com base em princípios e valores, mais do que em circunstâncias e condições. As pessoas proativas são agentes da mudança e escolhem não ser vítimas, não ser reativas, nem pôr a culpa nos outros".
Fonte:

Publicado no Uol Empregos

Juliana Doretto

Em São Paulo

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