28 de maio de 2011

Tudo no Brasil vira piada. Lamentável

IMAGEM MERAMENTE ILUSTRATIVA



Recebi por e-mail. Trata-se de mais uma das inúmeras manifestações (piadas) a respeito do já famoso livro que o MEC comprou e distribuiu por meio do Programa Nacional do Livro Didático.

Vale a pena ler:

Carlos Eduardo Novaes, Jornal do Brasil

Confeço qui to morrendo de enveja da fessora Heloisa Ramos que escrevinhou um livro cheio de erros de Português e vendeu 485 mil ezemplares para o Minestério da Educassão. Eu dou um duro danado para
não tropesssar na Gramática e nunca tive nenhum dos meus 42 livros comprados pelo Pograma Naçional do Livro Didáctico. Vai ver que é por isso: escrevo para quem sabe Portugues!

A fessora se ex-plica dizendo que previlegiou a linguagem horal sobre a escrevida. Só qui no meu modexto entender a linguajem horal é para sair pela boca e não para ser botada no papel A palavra impreça deve obedecer o que manda a Gramática. Ou então a nossa língua vai virar um vale-tudo sem normas nem regras e agente nem precisamos ir a escola para aprender Português.

A fessora dice também que escreveu desse jeito para subestituir a nossão de “certo e errado” pela de “adequado e inadequado”. Vai ver que quis livrar a cara do Lula que agora vive dando palestas e fala muita coisa inadequada. Só que a Gramatica eziste para encinar agente como falar e escrever corretamente no idioma portugues. A Gramática é uma espéce de Constituissão do edioma pátrio e para ela não existe essa coisa de adequado e inadequado. Ou você segue direitinho a Constituição ou você está fora da lei - como se diz? - magna.

Diante do pobrema um acessor do Minestério declarou que “o ministro Fernando Adade não faz análise dos livros didáticos”. E quem pediu a ele pra fazer? Ele é um homem muito ocupado, mas deve ter alguém que fassa por ele e esse alguém com certesa só conhece a linguajem horal. O asceçor afirmou ainda que o Minestério não é dono da Verdade e o ministro seria um tirano se disseçe o que está certo e o que está errado. Que arjumento absurdo! Ele não tem que dizer nada. Tem é que ficar caladinho por causa que quem dis o que está certo é a Gramática.

Até segunda ordem a Gramática é que é a dona da verdade e o Minestério
que é da Educassão deve ser o primeiro a respeitar.  
 
Nota deste blog  

A pedido de alguns dos nossos leitores não podemos deixar de trazer algumas considerações a respeito da obra “Por uma vida melhor”, distribuído pelo Programa Nacional do Livro Didático do Ministério da Educação a um grande número de estudantes.

O fazemos trazendo algumas das diversas manifestações que já foram publicadas a respeito do assunto. Algumas defendem o material distribuído pelo MEC e outras condenam.

Na obra ‘Por uma vida melhor’, da coleção ‘Viver, aprender’, a professora Heloísa Ramos defende uma suposta supremacia da linguagem oral sobre a linguagem escrita, admitindo a troca dos conceitos “certo e errado” por “adequado ou inadequado”. A autora afirma num trecho: “Posso falar ‘os livro?’ Claro que pode, mas dependendo da situação, a pessoa pode ser vítima de preconceito linguístico”. Em outro, cita como válidas as frases: “nós pega o peixe” e “os menino pega o peixe”.

Em nota, o MEC disse ontem que “o reconhecimento da variação linguística é condição necessária para que os professores compreendam seu papel de formar cidadãos capazes de usar a língua com flexibilidade, de acordo com as exigências da vida e da sociedade”. O Ministério pondera ainda que a escola “deve propiciar aos alunos ambiente acolhedor no qual variedades linguísticas sejam valorizadas e respeitadas”: “Cabe à escola o papel de criar situações de aprendizagens que possibilitem aos estudantes utilizar diversas variedades linguísticas”. A autora do livro também ponderou que o professor é capaz de ensinar qual linguagem é adequada em diferentes situações.

Uma das autoras do livro"Por uma vida melhor", nega que a obra ensine o aluno a usar a norma popular da língua. Nota da coluna Poder Online publicada recentemente mostra que o livro ensina aos alunos que é válido usar expressões, como “nós pega o peixe” ou “os menino pega o peixe”.

Uma das críticas mais contudentes a esse material foi feita pela Academia Brasileira de Letras (ABM), que foi publicada no jornal O Dia.

Trazemos aos nossos leitores um resumo da posição adotada pela ABM:

A ABL diz que “estranha certas posições teóricas dos autores de livros que chegam às mãos de alunos dos cursos Fundamental e Médio com a chancela do Ministério da Educação”: “O manual que o Ministério levou às nossas escolas não o ajudará no empenho pela melhoria a que o Ministro tão justamente aspira”.

A doutora em linguística e professora da Universidade de Brasília (UnB), Viviane Ramalho, vai além da opinião da autora do livro e defende que a linguagem popular seja ensinada abertamente nas escolas. “O ideal seria aprender todas as possibilidades diferentes até mesmo para respeitar o interlocutor que usa outra variedade linguística”, diz.

Para ela, essa seria uma forma da escola se aproximar da realidade dos estudantes. “Há uma exigência da própria sociedade de que o individuo saiba usar as diversas variedades da língua”.


Na outra direção, a linguista Juliana Dias acredita que a escola deva ensinar exclusivamente a norma culta e usar a linguagem popular apenas como exemplo durante as explicações. “O popular não cabe para o ensino. Cabe somente para reflexão, discussão, e até para o combate ao preconceito com as formas mais simples de se falar”.

Por outro lado, mesmo os aliados do atual governo teceram críticas sobre a obra. Vejam o que disse o Senador Sarney em entrevista ao Alagoas Web:

O presidente do Senado, José Sarney, criticou, nesta sexta-feira (20) o Ministério da Educação (MEC) por autorizar a publicação e a distribuição às escolas públicas de livro didático que admite erros de português. Para Sarney, a língua é instrumento fundamental para a identidade nacional e a formação do estado brasileiro.

- Uma das coisas que nós temos que defender como identidade nacional é justamente a língua. Não é por outro motivo que Fernando Pessoa dizia que "a minha pátria é a língua portuguesa". Hoje, a língua é um instrumento político e um instrumento de unidade. Se não fosse a língua portuguesa hoje nós não teríamos esse território imenso que nós temos - argumentou.

Nos âmbitos dos Estados já surgem algumas iniciativas de proibir o uso do comentado livro. Prova isso o projeto de lei apresentado pelo deputado estadual Átila Nunes (PSL-RJ) que proíbe, no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, a distribuição na rede de ensino pública e particular de livros que contrariem a norma culta da Língua Portuguesa.

Agora a nossa opinião.


Estamos certos de que falar e escrever corretamente, utilizando a norma culta, é uma tarefa para poucos em nosso país. Da mesma forma, a linguagem popular, as gírias, o vocabulário regional e a linguagem da moda, como a utilizada pelos jovens na comunicação virtual, sempre foram admitidos em determinadas ocasiões, sem que fosse preciso ensiná-las ou aceitá-las dentro do ambiente escolar.

Encerramos com a frase de Mia Couto que diz:
"A degeneração de um povo, de uma nação ou raça, começa pelo desvirtuamento da própria língua"
Estamos certos que já perdemos.

Ruy Barbosa

Fontes:

Um comentário:

Agradecemos seu comentário. Críticas serão sempre aceitas, desde que observado os padrões da ética e o correto uso da nossa língua portuguesa.

Já chegamos ao fundo do poço?

        A crise moral, política e financeira que se abateu sobre o nosso país não nos dá a certeza de que já chegamos ao fundo do poço....