A primeira crise séria do governo Dilma, envolvendo o ministro Palocci, nos faz lembrar de um mesmo "filme" que passou no governo Lula. O ator principal era outro: José Dirceu, mas o cenário era o mesmo: a Casa Civil. Resta esperar que o final não seja o mesmo.
As manchetes dos jornais falam que o ministro Palocci deve dar em breve uma explicação do seu suposto enriquecimento, a data, todavia, não foi marcada. Falam, seus assessores, que irão aguardar as novas investidas da mídia, normalmente publicadas nos finais de semana, para que possam tentar refutá-las.
Os aliados do governo (especialmente o PT e o PMDB) ainda não demonstraram grande interesse em fazer a defesa do ministro. A presidente Dilma está calada, e ao que parece tem pressionado Palocci a dar logo as suas explicações.
Na internet, a cada dia, circulam cada vez mais e-mails fazendo piadas e denúncias contra o ministro, demonstrando mais uma vez que o brasileiro não leva a sério nem mesmo uma acusação tão grave contra um dos ministros mais influente do atual governo. É melhor rir, do que protestar.
O direito de defesa à Palocci deve ser assegurado, todavia, com soe acontecer, ele tem que ser exercido em um prazo razoável. Se não o faz, especialmente pela importância do cargo que ocupa, e das graves acusações que lhes são assacadas, o seu silêncio coloca em dúvida a sua inocência e gera graves consequências ao governo e ao país.
Esperamos que em breve tudo seja explicado e que não se repitam fatos idênticos ocorridos no passado.
Vamos terminar com a inesquecível frase de Rui Barbosa:
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”Fala Palocci, a nação brasileira está esperando.
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