A notícia divulgada pelo Uol Notícia afirma que para um especialista, a queda do AF 447, se deve mais a falta de treinamento do que a erro humano.
É inacreditável que uma comapanhia aérea, do porte da Air France, coloque na sua tribulação, num vôo internacional, pilotos inexperientes ou desprovidos de treinamento para superar dificuldades que poderiam ter sido contornadas e evitado a morte de tantas pessoas.
Vejam a notícia:
“Erro acontece quando você é treinado para se comportar de uma maneira, e se comporta de outra. Os pilotos não haviam recebido treinamento, e isso é grave em aviação. O relatório admite essa falta de instrução, e não que os pilotos erraram.” A opinião é de Jorge Barros, consultor aeronáutico, em relação à divulgação do terceiro relatório parcial sobre o acidente com o jato Airbus 330 que fazia o voo 447 da Air France e caiu no oceano Atlântico em junho de 2009.
Segundo o especialista, que é ex-piloto de linha aérea e da Força Aérea Brasileira (FAB), o documento aponta que “os pilotos não tiveram os avisos corretos para concluir o que estava acontecendo com o avião, pois os instrumentos deram pane”.
Há ênfase em dois aspectos, de acordo com Barros. “Melhoria e treinamento. O relatório está focado no mau funcionamento do avião e na falta de treinamento dos pilotos para lidar com este tipo de situação. A falha é da companhia aérea e da fabricante de aeronaves.”
Nesse sentido, Barros discorda da suspeita de erro dos pilotos. “A técnica de culpar o piloto é vil, mas tradicional, pois ninguém precisa se movimentar. O problema, no entanto, permanece latente”, conclui.
O relatório
Ao divulgar o documento nesta sexta, Jean-Paul Troadec, chefe do Escritório de Investigações e Análise (BEA, na sigla em francês), órgão oficial francês encarregado das investigações do acidente, afirmou que a situação era “salvável” se os pilotos tivessem tomado as atitudes certas.
O relatório revela que os pilotos não adotaram o procedimento adequado após os primeiros problemas detectados durante o voo: perda de indicadores de velocidade e perda de sustentação da aeronave.
"Os pilotos não identificaram a situação de perda de sustentação", apesar do alarme sonoro que se ativou durante 54 segundos, diz o relatório. O documento afirma ainda que eles não aplicaram o procedimento necessário após o congelamento das sondas (sensores de velocidade) pitot, o que provocou a perda dos indicadores de velocidade.
O BEA informou que os comandantes da aeronave "não receberam treinamento sobre os procedimentos adequados a serem tomados em grandes altitudes".
O BEA informou que os comandantes da aeronave "não receberam treinamento sobre os procedimentos adequados a serem tomados em grandes altitudes".
Entre outras constatações, o texto revela também que o comandante da aeronave foi descansar às 2h da madrugada sem deixar "claras recomendações" aos dois copilotos que ficaram no controle do Airbus e que a tripulação não avisou os passageiros dos problemas que a cabine enfrentava.
A Air France assegura que "nada permite colocar no banco dos réus as competências técnicas da tripulação" do voo, que saiu do Rio de Janeiro em direção a Paris.
As associações de parentes das 228 vítimas do acidente, por sua vez, repudiaram o relatório do BEA.
FONTE:
Fabiana Nanô
UOL Notícias
Em São Paulo
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