Nova escola cria polêmica e irrita defensores do modelo tradicional
O
governo dos Estados Unidos está desenvolvendo uma novidade que deve
‘revolucionar’ o atual modelo de ensino: a criação de escolas públicas pela
internet, do jardim de infância ao ensino médio. Isso com aulas complementares
ou regulares através do mundo virtual, onde quer que estejam os estudantes.
Na
verdade, esse novo modelo educacional é o segundo passo do que já vinha
acontecendo nas escolas físicas do país, quando algumas turmas em salas de aula
tinham seu curso desenvolvido com computadores individuais para cada aluno.
Neste ano, o Estado de Virginia autorizou 13 novos cursos on-line,
enquanto a Flórida exigiu que todos os estudantes de escolas públicas de ensino
médio tivessem pelo menos uma aula on-line. Em Idaho, deverão ser duas
aulas.
Na
Geórgia, um novo programa permite que os alunos baixem cursos inteiros em seus
iPhones e BlackBerrys. Atualmente, 30 Estados permitem que seus estudantes
tenham cursos pela internet. O surgimento das ‘novas escolas’ vem gerando
polêmica com sindicatos de professores, pesquisadores e adeptos do antigo
sistema.
Os
defensores da educação tradicional argumentam que as escolas virtuais podem
transformar os estudantes em meros assimiladores de informação, impedindo-lhes
a possibilidade de contra-argumentação ou que sejam desafiados a enfrentar
riscos ou até mesmo aprenderem coisas simples como cooperação, coleguismo,
tolerância e autocontrole.
"As
escolas ensinam às pessoas as habilidades de cidadania, como se relacionar com
outros, como argumentar, ser razoável, deliberar, como tolerar as
diferenças", argumentou Jonathan Zimmerman, professor de história da
educação da Universidade de Nova York.
Fonte: Stephane Banchero e
Stephanie Simon (The Wall Street Journal Americas – Jornal Valor
Econômico – 20.11.2011)
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