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Você
só tem ouvido elogios ao Google. Todavia, recentes pesquisas mostram que ele é
o responsável principal pela falta de habilidade e competência de a atual
geração – nativos digitais – não saber navegar (pesquisar), sugerindo que as
escolas têm que ajudá-los nessa empreitada.
Segundo
o Portal Época, ”uma pesquisa da
Universidade de Charleston, nos Estados Unidos, mostra que a geração digital
não sabe pesquisar. Acostumados com a comodidade oferecida por mecanismos de
busca como o Google, eles confiam demais na informação fácil oferecida por
esses serviços. O estudo mostrou que os estudantes usam sempre os primeiros
resultados que aparecem após uma busca, sem se importar com sua procedência. No
estudo, os pesquisadores pediram a um grupo de universitários que respondesse a
algumas perguntas com a ajuda da internet. Mas fizeram uma pegadinha: fontes de
informação que não apareceriam no topo da lista de respostas do Google foram
apresentadas propositalmente como primeira opção. Os estudantes nem notaram a
troca: usaram as primeiras respostas acriticamente. Outro estudo, realizado
pela Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, pedia que 102 adolescentes
que estavam se formando no ensino médio buscassem termos diversos em sites de pesquisa
on-line. Todos trouxeram os resultados, mas nenhum soube informar quais eram os
sites usados para obter as respostas: se veio da internet, já estava bom”.
Em razão disso, os responsáveis pelas pesquisas
sobre o tema afirmam que “os estudantes de hoje confiam demais nas máquinas. Em
princípio, esse comportamento faz sentido, porque os sistemas de buscas
oferecem conteúdos cada vez mais relevantes. Mas gera um efeito colateral
preocupante: a perda da capacidade crítica. Precisamos ensinar os alunos a
avaliar a credibilidade das fontes on-line antes de confiar nelas cegamente,
diz Bing Pan, pesquisador da Universidade de Charleston. As escolas deveriam
ajudar os estudantes a julgar melhor as informações”.
É um alerta para todos aqueles que hoje militam no
ensino e que tem a visão distorcida de que a facilidade demonstrada pelos
nossos jovens no manuseio das novas tecnologias, é suficiente para garantir que
ele saiba pesquisar e usufruir do volume de informações hoje disponibilizadas.
Reproduzimos da fonte citada (Portal Época), preciosas
contribuições àqueles que hoje têm a responsabilidade de formar as futuras
gerações:
“Adilson Garcia, diretor da escola Vértice, de São
Paulo. Só isso, porém, pode não ser suficiente para formar alunos capazes de
pesquisar de maneira crítica, criativa e independente. Primeiro, é preciso lhes
mostrar como funcionam os mecanismos de busca. Eles devem entender que
critérios esses serviços usam para hierarquizar suas respostas. Sabendo como os
buscadores operam, podem restringir as buscas e obter resultados mais precisos.
Em segundo lugar, os estudantes têm de aprender a verificar a procedência da
informação, analisando em que tipo de site ela está publicada e se é confiável.
O Google não escolhe suas respostas com base na veracidade ou qualidade do
conteúdo. Por fim, os estudantes devem ser incentivados a confrontar a mesma
informação em diferentes sites, para perceber como a orientação de cada um pode
resultar em abordagens diferentes”.
“É preciso transformar os alunos em críticos da
informação, afirma a professora Maria Elisabeth Almeida,
coordenadora do programa de pós-graduação em educação da Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo. Esse não é um desafio apenas das escolas do
Brasil. É um problema mundial”.
Recomendo, finalmente, a leitura do post escrito por André Migliori, Professor de Língua Inglesa e Ensino Religioso da segunda etapa do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, no seguinte link:
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