3 de dezembro de 2011

Fogão a lenha - faz mal para você!!!





 



Recebi por e-mail o texto abaixo que é atribuído à Drauzio Varella, médico que costuma dar orientações no Fantástico.

Na visão dele tudo quase tudo é nocivo à saúde. Só falta afirmar que viver faz mal e pode causar morte!!!

Vejam o texto que segundo consta é da sua autoria: 

Fogão de lenha

A OMS considera o fogão a lenha o fator ambiental responsável pelo maior número de mortes no mundo.

O povo do interior diz que feijão preparado em fogo de lenha é outra coisa. Eu, que entendo tanto de culinária quanto de física quântica, fico na dúvida se a diferença está no processo de cozimento ou nas linguiças e toucinhos que engrossam o caldo do feijão caipira.

Apesar da atmosfera acolhedora que o crepitar da lenha confere à cozinha, sua substituição pelo prosaico botijão de gás é generalizada. Encontro fogões a gás nas casas mais humildes dos quatro cantos do Brasil.

Se você acha que agora farei a apologia dos tempos em que a família se reunia à noite ao redor do fogo, está redondamente enganado.

Cerca de 3 bilhões das pessoas mais pobres do mundo ainda cozinham e se defendem do frio por meio da queima de biomassa: madeira, carvão e até esterco de gado. A mesma fumaça que encarde as paredes e escurece o teto de suas casas, infelizmente, invade o aparelho respiratório dos moradores causando 2 milhões de óbitos por ano.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o fogão a lenha o fator ambiental responsável pelo maior número de mortes, no mundo inteiro. Morre mais gente como consequência desse tipo de poluição doméstica do que de malária (causadora de 800 mil mortes/ano).

Mulheres e crianças que vivem em pobreza extrema correm risco mais alto, porque ficam mais expostas -os homens tendem a passar menos tempo em casa.

Nas crianças com menos de cinco anos de idade, a principal causa de morte é pneumonia aguda, seguida pelas complicações da asma.

Nas mulheres a mortalidade está associada à doença pulmonar obstrutivo crônica -das quais o enfisema é a mais frequente-, à doença cardiovascular e ao câncer das vias respiratórias. Sem nunca haver acendido um cigarro, padecem dos mesmos flagelos que afligem os fumantes.

Ao lado das tragédias individuais, a queima doméstica de biomassa contribui para a degradação do ambiente, para o aumento das emissões de carbono e para a destruição das florestas.

No Peru, por exemplo, cerca de 10 milhões de habitantes vivem em casas pequenas e mal arejadas, dispersas pelas 70 mil comunidades da cordilheira dos Andes. A poluição no interior dessas habitações é 30 vezes mais intensa do que o limiar máximo estabelecido pela OMS. Mais de 40% das mulheres apresentam doença pulmonar obstrutiva e/ou problemas cardiovasculares. Como resultado da falta de saneamento e da alta prevalência de enfermidades respiratórias, um terço das crianças são desnutridas.

Um estudo do Banco Mundial recém-publicado sugeriu que melhorar a eficácia de fogões alimentados por combustível, teria impacto positivo na saúde humana e no ambiente dessas regiões.

Embora a implementação de programas para garantir o acesso a fogões de qualidade tenha sido tentada durante décadas, os resultados foram prejudicados pela falta de esclarecimento das populações, pelas dificuldades de produzir fogões bons e baratos e por problemas logísticos para atingir lugares remotos.

Para superar essas limitações, a Fundação das Nações Unidas acaba de criar uma parceria público-privada, batizada de "100 por 20", que tem como objetivo distribuir 100 milhões de fogões até o ano 2020, primeiro passo para a universalização.



Os Estados Unidos se comprometeram a contribuir com U$ 50 milhões para uma parceria que envolve 175 países, corporações, fundações e ONGs.

Fogões de qualidade que consomem pouco combustível, além de poluir menos, reduzem o tempo que as mulheres passam nos afazeres domésticos, aumentando a probabilidade de acesso à educação e ao trabalho fora de casa.

A estratégia do programa requer a criação de uma demanda de mercado, porque o fogão comprado pelo consumidor é mais valorizado do que aquele distribuído gratuitamente. Além de custar barato, ele deve respeitar a cultura local e levar em conta as sugestões das mulheres, para que sejam construídos de acordo com suas necessidades.

Apesar desses desafios, a possibilidade de aliviar o sofrimento e de salvar milhões de vidas por meio de uma intervenção de baixo custo, capaz de reduzir as emissões de carbono e a velocidade com que as florestas são devastadas, além de estimular o crescimento econômico, merece de fato um esforço global.

Fonte:

Recebi esta mensagem por e-mail: Mariza Brandimarti

2 comentários:

  1. o fogão
    a gas é menos prejudicial ?

    ResponderExcluir
  2. Fato Chá com Alice Festas. Deixei bem claro na minha postagem que não comungo dessa informação.

    ResponderExcluir

Agradecemos seu comentário. Críticas serão sempre aceitas, desde que observado os padrões da ética e o correto uso da nossa língua portuguesa.

Já chegamos ao fundo do poço?

        A crise moral, política e financeira que se abateu sobre o nosso país não nos dá a certeza de que já chegamos ao fundo do poço....