Devemos aplaudir todas as iniciativas
que possam preservar o meio ambiente. Quanto a isso, tenho certeza absoluta que
nenhum dos leitores do meu blog ousará discordar.
Apesar disso, considero prematura, e sem sentido lógico, a “morte” das sacolinhas plásticas.
Se isso acontecer, teremos certamente um
velório diferente. Os
ambientalistas irão comemorar, e os demais cidadãos, conscientes ou não do
problema ambiental, certamente não irão chorar por isso.
Morrerá,
portanto, a sacolinha, “sem choro e nem vela”.
Diante
dessa certeza , poucos se deram conta de que nós, consumidores,
pagaremos sozinhos a conta do “velório” e do “enterro” das sacolinhas.
O
meio ambiente vai nos agradecer, mas os donos de estabelecimentos comerciais
que utilizam as sacolinhas, e as indústrias de produtos alternativos, certamente
irão agradecer muito mais.
Vejamos
algumas das muitas razões:
1. Se
o custo das sacolinhas plásticas hoje utilizadas pelos estabelecimentos comerciais
estava embutido nas mercadorias vendidas, qual é a razão de o consumidor ter
que arcar hoje com o preço (média R$0,19) que será cobrado pelas novas embalagens
alternativas?
Nesse
sentido, vale à pena citar que em Belo Horizonte (MG), onde já foi proibido o
uso de sacolinhas plásticas, estima-se que as grandes redes de comércio
deixarão de ter uma despesa estimada em R$4,7 milhões ao ano. Em razão disso,
já se discute nos órgãos de proteção do consumidor o fato de que, enquanto o
consumidor leva o prejuízo, os empresários estão lucrando.
E
mais.
Na
cidade de São Paulo a lei que proibia o uso de sacolinhas plásticas foi
suspensa por decisão judicial. O argumento do juiz é que a lei além de ineficaz,
fere o direito do consumidor de ter que levar os produtos comprados. Mas
segundo notícias, o que prova que os estabelecimentos comerciais sairão
lucrando, é que eles, por iniciativa própria, deixarão de usar as sacolinhas.
2. Os
sacos de lixos e as embalagens de vários produtos que são comercializados
continuarão a ser produzidos com o mesmo material das sacolinhas plásticas?
Não há notícias que
digam ao contrário.
A respeito dos sacos
de lixo, já há estudos que indicam que uma família média irá gastar R$15,00 por
mês com a compra desse produto, de vez que não poderá utilizar mais as
sacolinhas de plásticos.
Isso prova, também, que vamos trocar 6 por
meia dúzia, e que o juiz que suspendeu a lei em São Paulo está correto ao afirmar que ela é ineficaz.
Outros tantos argumentos poderiam ser apresentados para comprovar que a suspensão das sacolinhas de plástico - apesar de em tese representar uma medida correta - de nada vai contribuir para a preservação do meio ambiente.
Para concluir, estou convicto de que continuamos a produzir em grande quantidade leis de eficácia zero, ao invés de investir na educação, que é o único caminho para desenvolver a consciência ambiental.
Para concluir, estou convicto de que continuamos a produzir em grande quantidade leis de eficácia zero, ao invés de investir na educação, que é o único caminho para desenvolver a consciência ambiental.
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