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Na batalha para conseguir a aprovação no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), quem conseguiu a aprovação na primeira fase do VI Exame de Ordem Unificado já pode se considerar um vitorioso. Afinal, é preciso acertar pelo menos 50% das 80 questões e a média de aprovados para a etapa seguinte costuma ficar em torno de 30%. Na segunda fase, que será realizada no dia 25 de março, o desafio são as questões discursivas e a peça processual. O professor Alexandre Mazza, da rede de ensino LFG, dá algumas dicas para os candidatos.
Segundo Mazza, os bacharéis devem sempre começar pela peça processual, devido a sua importância. Ela sozinha vale metade da nota final, o equivalente às outras quatro perguntas somadas. Além disso, é preciso acertar pelo menos 60% para conseguir a aprovação.
- A OAB faz uma correção técnica dos itens que estão indicados no gabarito, dos pontos que devem ser abordados, mas também faz uma análise da capacidade de argumentação. Não adianta ser bom na matéria e não conseguir se expressar bem - diz Mazza.
O advogado Carlos de Laet, sócio do escritório Carlos Mafra de Laet, chama atenção também para a necessidade de cuidado com o uso correto da língua portuguesa.
- É na segunda fase que se atesta a capacidade do estudante de se tornar advogado. Por isso a exigência é muito alta. Na hora, tem que ter um cuidado especial com português e com o encadeamento das ideias na argumentação.
Mazza cita alguns dos recursos que os candidatos devem usar para evitar problemas. Um deles é elaborar um rascunho antes de escrever a peça definitiva. Esboçar os tópicos que serão abordados funciona como um guia da argumentação. Ele lembra também que a peça deve ser escrita na 3ª pessoa do singular, não na 1ª do plural. Esse erro é considerado grave e implica na perda de muitos pontos. Os bacharéis também devem utilizar todas as cinco páginas disponíveis para desenvolver a peça. O professor explica que a expectativa da banca é que todo o espaço seja utilizado.
No caso das questões dissertativas, o procedimento é contrário. Em vez de ser prolixo, o estudante deve ser extremamente objetivo. Apesar de ter uma página para responder cada uma das perguntas, deve resolvê-las em cinco, seis linhas. Estender demais a argumentação pode ocasionar erros como falta de coerência.
Até o dia 25 de março, os estudantes devem concentrar os seus esforços em refazer provas antigas. Mesmo que já tenham feito o exame outras vezes, Mazza os aconselha a começarem a estudar do zero. Um dos exercícios importantes é refazer peças processuais pedidas nas últimas cinco edições, quando a FGV Projetos assumiu a responsabilidade pela prova. O professor afirma que é comum o tema de uma questão discursiva se tornar o assunto da peça processual em outro exame.
- É preciso enfatizar bastante o treino da peça. Pegue as provas anteriores, veja os enunciados e faça a partir deles. É importante fazer à mão, porque na prova será assim. Não adianta fazer no computador. E depois cheque com o gabarito. É importante também estudar o gabarito das perguntas discursivas, porque ali estão dicas para futuras peças processuais.
Fonte:
Jornal O Globo
Publicado no portal da CM Consultoria
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