16 de abril de 2016

Dilma cai, e quem entra no seu lugar?





       Em meio do turbilhão político que sacode o nosso país de norte a sul, com grande movimentação dos setor político e da sociedade em geral, destaca-se sobremaneira a omissão do PSDB, partido oposicionista do governo que está sendo julgado e que pode deixar o poder.

       Serra, Alckmin, Fernando Henrique e Aécio são figuras invisíveis em todo o processo desencadeado. Aécio, detentor de mais de 50 milhões de votos nas últimas eleições presidenciais, está mudo.

       O radialista e historiador Marco Antonio Villa em fala hoje pela manhã na rádio Jovem Pan assinala, com bastante propriedade, a omissão dos caciques do PSDB, afirmando que o espaço vazio decorrente está sendo ocupado por Jair Bolsonaro.

       Difícil entender o posicionamento do PSDB. Seria alguma estratégia política? Só isso justificaria, mas qual seria?

       Não bastasse isso, a mídia internacional tem criticado com grande ênfase a crise política brasileira. Para ela o Brasil tira do poder a representante de um partido maculado por uma onda de corrupção sem precedentes, mas os que hoje a estão julgando também estão afundados em acusações da mesma proporção.

       O eventual impeachment da presidente Dilma não tem como autor um partido político, pois apenas representa a vontade do povo, sim o povo que foi às ruas e exigiu que  Dilma deixe a presidência da república. 

       O dia seguinte será uma grande incógnita. Michel Temer, vice-presidente, vai assumir, mas certamente em breve será alvo de um novo pedido de impeachment. Eduardo Cunha, Renan Calheiros, sucessores legais, também são alvos de processos que os deixam passíveis de não reunir condições para assumir a presidência. 

       Pobre país. Destitui sua presidente, mas não tem quem colocar no lugar.

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