O Ministro não deu pistas de seu posicionamento sobre a polêmica questão, salientando que “posições muito vanguardistas são desastrosas”.
Tal questão já tem sido objeto de estudos em várias partes do mundo. Na vizinha Argentina, o porte de maconha para consumo deixou de ser crime. No México e Colômbia, tais medidas também foram adotadas, passando as atenções a serem direcionadas à repressão da produção e venda do produto e não ao consumidor.
A legislação brasileira difere das demais sobre o consumidor de drogas. Quando apanhado com pequenas quantidades – caracterizando que é para uso próprio -, o consumidor deve ser encaminhado a uma Delegacia de Polícia e à presença de um juiz, perante o qual deve assumir o compromisso de procurar um centro de tratamento. A partir de 2006 o usuário parou de ser responsabilizado criminalmente em nosso país.
Especialistas no assunto afirmam que a legislação brasileira é falha, na medida em que não explicita de forma clara o que caracteriza consumo ou tráfico de drogas. Todavia, salientam que de cada dez pessoas que são encaminhadas para um centro de tratamento, pelo menos seis delas continuam a se tratar depois.
Segundo fontes consultadas, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é um dos defensores da descriminalização das drogas. Para ele “guerra contra as drogas fracassou, e que é necessária uma mudança de paradigma na forma de se lidar com as drogas”. Como membro da Comissão Latino-Americana para Drogas e Democracia, o ex-presidente é considerado especialista no assunto.
Na mesma linha de pensamento do ex-presidente FHC, Antonio Maria Costa, diretor do Escritório de Drogas e Crime das Nações Unidas (UNODC), apóia a opção pela descriminalização. Ele afirma: “As pessoas que usam drogas precisam de ajuda médica, não de retaliação criminal".
Os defensores da descriminalização das drogas, adotam a linha de que os governos deveriam investir pesado em ações que tenham por objetivo dar tratamento aos viciados em drogas. O presidente da Fundação Villa Maraini (Itália), Massimo Barra afirma que os governos devem evitar políticas punitivas contra toxicodependentes. “Colocar um viciado na prisão é o mesmo que colocá-lo em uma universidade da criminalidade. Um consumidor de drogas é, em geral, mais prejudicial para si próprio que para os outros”.
O assunto é polêmico e certamente continuará a ser discutido em todo o mundo.
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Fontes
http://opiniaoenoticia.com.br/opiniao/tendencias-debates/descriminalizacao-das-drogas-ganha-forca-no-mundo/
http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/SAUDE/149405-PARA-ESPECIALISTA,-DESCRIMINALIZACAO-DE-DROGAS-NAO-ALTERA-CONSUMO.html
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