14 de fevereiro de 2011

Um ou dois machados





Numa comarca interiorana (RS), está na pauta de audiências o processo de uma separação judicial litigiosa.

Detalhe importante: o sobrenome do marido é Machado.

O então juiz Moacir Leopoldo Haeser, após várias ponderações, consegue a conciliação total entre os litigantes.

Para que o termo de acordo seja detalhadamente datilografado pelo escrevente - numa velha máquina elétrica IBM - o magistrado cautelosamente pergunta à mulher:

- A senhora quer continuar usando o nome completo de casada, ou deseja voltar ao nome de solteira ?

A separanda fica em dúvida, conversa com o advogado e, então, responde convicta:

- Quero voltar a me chamar como era antes do casamento!...

Para ditar a sentença contendo a mudança de nome, o juiz olha a certidão de casamento e constata que o sobrenome de solteira dela é...Machado!

Ante a coincidência, o juiz alerta que, ainda assim, a mulher continuará a se chamar ´fulana de tal´ Machado.

A separanda acaba com o contexto:

- O que eu quero tirar fora é o Machado dele. Eu quero ficar só com o meu Machado

Nota:

Caso publicado no site espcovital.com.br

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