2 de janeiro de 2013

Um país de futuro incerto: o meu Brasil.



 
Crédito Imagem - mariajprn.blogspot.com







       A notícia estampada recen temente nos jornais de que os governos (Federal, Estadual e Municipal) gastarão apenas R$R$ 2.243,71 por aluno da educação básica pública no ano de 2013, demonstra claramente que o nosso país tem um futuro incerto.

        O valor estabelecido pelo Ministério da Educação, apesar de ser maior do que aquele que foi gasto em 2012, não permite que o nosso país possa sonhar em um dia se tornar uma potência mundial.

       Apenas para que o leitor possa ter uma pálida ideia da insignificância desse valor, voltemos para o que foi citado na notícia a respeito de quanto os pais gastam, em escolas privadas, com os seus filhos. Na média, esse valor é de R$R$ 3.253, 00, ao mês, para que os filhos estudem.

       Estudos demonstram que as metas de investimento em educação propostas pelo governo brasileiro são insuficientes para que o Brasil, em curto prazo, atinja o nível de gastos no setor feito pelos países desenvolvidos. Investir 7,5% ou 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, significa esperar até 2050, ou na melhor das hipóteses até 2040, para o País se equiparar ao nível de investimentos feitos pelas nações com menores desafios na área.

       Comparativamente com os países vizinhos, o Brasil hoje investe em educação básica metade do que é aplicado por eles e seis vezes menos do que é gasto pelos mais desenvolvidos.

       Essa falta de investimento em nosso ensino público faz com que nossos alunos ocupem posições vergonhosas nas avaliações internacionais em leitura, matemática e ciências, como no caso do PISA – Programa Internacional de Avali1ação de Desempenho. Esse fraco resultado também se revela nas avaliações nacionais, como na Prova Brasil e no SAEB.

       Não podemos finalizar sem trazer a opinião de José Pastore (1), que em recente artigo afirmou:

       “A baixa qualidade da educação brasileira é o principal entrave para que o país ocupe uma posição no ranking mundial da competitividade global”.

       E Derek Bok, Reitor da Universidade de Harvard, salienta:

        “Se você acha a educação cara, experimente a ignorância”.

Nota:

(1)- José Pastore é Doutor Honoris Causa em Ciência e Ph. D. em sociologia pela University of Wisconsin (EUA). É professor titular da Faculdade de Economia e Administração e da Fundação Instituto de Administração, ambas da Universidade de São Paulo. É pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas e consultor em relações do trabalho e recursos humanos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agradecemos seu comentário. Críticas serão sempre aceitas, desde que observado os padrões da ética e o correto uso da nossa língua portuguesa.

Já chegamos ao fundo do poço?

        A crise moral, política e financeira que se abateu sobre o nosso país não nos dá a certeza de que já chegamos ao fundo do poço....