Crédito Imagem - mariajprn.blogspot.com
A notícia estampada recen temente nos jornais de que os
governos (Federal, Estadual e Municipal) gastarão apenas R$R$ 2.243,71 por
aluno da educação básica pública no ano de 2013, demonstra claramente que o
nosso país tem um futuro incerto.
O valor estabelecido
pelo Ministério da Educação, apesar de ser maior do que aquele que foi gasto em
2012, não permite que o nosso país possa sonhar em um dia se tornar uma
potência mundial.
Apenas para que o leitor possa ter uma pálida ideia da
insignificância desse valor, voltemos para o que foi citado na notícia a
respeito de quanto os pais gastam, em escolas privadas, com os seus filhos. Na
média, esse valor é de R$R$ 3.253, 00, ao mês, para que os filhos estudem.
Estudos demonstram que as metas de investimento em educação
propostas pelo governo brasileiro são insuficientes para que o Brasil, em curto
prazo, atinja o nível de gastos no setor feito pelos países desenvolvidos.
Investir 7,5% ou 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, significa
esperar até 2050, ou na melhor das hipóteses até 2040, para o País se equiparar
ao nível de investimentos feitos pelas nações com menores desafios na área.
Comparativamente com os países vizinhos, o Brasil hoje investe
em educação básica metade do que é aplicado por eles e seis vezes menos do que
é gasto pelos mais desenvolvidos.
Essa falta de investimento em nosso ensino público faz com que
nossos alunos ocupem posições vergonhosas nas avaliações internacionais em
leitura, matemática e ciências, como no caso do PISA – Programa Internacional
de Avali1ação de Desempenho. Esse fraco resultado também se revela nas
avaliações nacionais, como na Prova Brasil e no SAEB.
Não podemos finalizar sem trazer a opinião de José Pastore (1), que em recente artigo afirmou:
“A baixa qualidade da educação brasileira é o principal
entrave para que o país ocupe uma posição no ranking mundial da competitividade
global”.
E Derek Bok, Reitor da Universidade de Harvard, salienta:
“Se você acha a educação cara, experimente a
ignorância”.
Nota:
(1)- José Pastore é Doutor Honoris Causa
em Ciência e Ph. D. em sociologia pela University of Wisconsin (EUA). É
professor titular da Faculdade de Economia e Administração e da Fundação Instituto
de Administração, ambas da Universidade de São Paulo. É pesquisador da Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas e consultor em relações do trabalho e
recursos humanos.
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