22 de fevereiro de 2013

A morte de um garoto boliviano que gostava de futebol








       

A tragédia que vitimou um garoto boliviano durante a partida em que o Corinthians enfrentou o San Jose ontem na cidade de Oruro, Bolívia, válido pela Copa Libertadores, repercutiu na mídia brasileira, por meio de colunistas esportivos, atletas e até técnicos de futebol.

Falava-se que o Tribunal de Disciplina e Câmera de Apelações da Conmebol, entidade responsável pelo citado campeonato, será o responsável por definir as penas dos dois clubes, desde perda de mando de campo até exclusão do torneio.


O técnico do Corinthians, logo após o jogo, declarou que: "Futebol não tem preço. Nenhum silêncio... Esporte tem outro sentido. Me desculpem, sei que isso não vai tirar a dor de vocês nem da família. Estamos muito sentidos. Trocaria meu título mundial pela vida do menino. Eu trocaria".

Apesar de não ser corintiano, sempre admirei a postura do treinador Tite, mas sua declaração deixa transparecer o receio que ele tem de seu time ser precocemente eliminado da competição.


A comprovação disso veio hoje: com a punição menos severa aplicada: os torcedores corintianos não poderão assistir os jogos do seu time na fase de grupos daquela competição. Imediatamente a Diretoria do Corinthians fala em recorrer e que a punição é absurda.

Não creio que  o Tite e seus jogadores, muito menos os dirigentes do Corinthians, podem ser penalizados pela conduta criminosa de um ou outro torcedor. Se fosse assim, a polícia e o próprio time do San José deveriam ser também considerados culpados, pela falta de segurança no estádio onde o fato aconteceu, já que eles eram os mandantes do jogo.

Mas indiretamente o Corinthians e o San José deveriam ser severamente punidos, e só a exclusão do torneio, seria suficiente para tentar barrar a crescente onda de violência que ocorre nos estádios de futebol.

Tal medida serveria para punir todos os torcedores na tentativa de que eles sejam os guardiões da ordem e da segurança nos estádios, coibindo a conduta daqueles que ao invés de desfrutar do prazer que uma partida de futebol proporciona, a transformam em um lugar onde a violência se torna o próprio espetáculo.

Em pesquisa hoje publicada na mídia, 60% dos entrevistados opinam pela exclusão dos dois times da Libertadores.

E isso deveria ocorrer em todas as competições, mesmo que todas as equipes sejam eliminadas e apenas uma delas sobreviva – mas que sobrevivam os torcedores também.

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